Atriz comentou sobre aceitação do próprio corpo
Redação Publicado em 30/12/2020, às 09h12
A atriz Juliana Lohmann, 31, falou sobre autoconhecimento, pressão estética, quebra de padrões e aceitação do próprio corpo, de acordo com a coluna de Patrícia Kogut.
Juliana afimou que a sua decisão de trazer o passado de volta faz parte de um processo de autoconhecimento, no qual envolve também outras questões, como a aceitação do próprio corpo: "Desde que comecei a formar corpo, com 15, 16 anos, as pessoas já falavam para emagrecer. Isso aconteceu em vários trabalhos. Era muito usado o termo "fecha a boca". Acho muito simbólico, tem duas conotações".
"A mulher sempre tendo que fechar a boca para atingir seus objetivos. Lembro que uma vez emagreci cinco quilos em dez dias. Fiquei tão mal. Tinha pesadelos de fome. Na época, eu só precisava emagrecer o quanto antes para trabalhar. Hoje penso que era absurdo me submeter àquilo".
Juliana comentou que essa mentalidade no meio profissional vem mudando e que muita coisa tem sido discutida ultimamente: "Muitos corpos vêm sendo vistos. Eu vivia angustiada e insegura, achando que não ia pegar trabalho porque estava com cinco quilos a mais. Agora não penso mais nisso. Se eu quiser emagrecer, vai ser por uma coisa positiva, porque comecei a me alimentar de tal maneira e fluiu naturalmente".
"Não porque é uma obrigação profissional. Claro que, se surgir uma personagem que peça, sim. Mas estamos falando meramente de estética". A atriz também defendeu outras quebras de padrões, como a depilação. Juliana apareceu nas redes sociais com os pelos nas axilas para debater sobre o assunto: "enso muito sobre como falar desses temas para pessoas que não estão habituadas a eles. Como transmitir uma mensagem, uma ação de liberdade, de reflexão".
"Eu não quero estimular as mulheres a não se depilarem. Quero dizer para elas que é uma escolha. Não cresci com essa escolha. Tinha que estar sempre depilada. Só fui entender que era uma opção recentemente. Foi superlegal me ver dessa forma, me olhar no espelho e ter outro reconhecimento imagético".
Juliana continuou: "E ampliar o olhar sobre o que é belo. Existe esse padrão de feminilidade no qual você precisa performar. Isso não só é opressor, como deixa a gente sem entender que é possível buscar outros caminhos".
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