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Isis Valverde comenta sobre 'Amor de Mãe', fama e criação do filho: "Maternidade é singular"

Atriz ainda fez mistério sobre o final de sua personagem, Betina

Isis disse que chegou a visitar hospitais para poder se preparar para a personagem, antes da pandemia - Reprodução/Instagram
Isis disse que chegou a visitar hospitais para poder se preparar para a personagem, antes da pandemia - Reprodução/Instagram

Redação Publicado em 31/03/2021, às 07h30

A atris Isis Valverde, intérprete de Betina, em 'Amor de Mãe', novela de Manuela Dias, fez mistério sobre o desfecho de sua personagem, falou sobre criação do filho e como lida com a fama, em entrevista à coluna de Patrícia Kogut

"Vou deixar que todo mundo acompanhe, porque tem bastante coisa para desenrolar ali. Vai ter muita lágrima, mas muito sorriso também, porque Betina é uma personagem de esperança. Sua vida já é bem sofrida. Ela apanhou do marido, foi traída, tem um irmão que quer matá-la e se apaixonou por uma cara com uma ex-mulher bruxa. Então, a gente espera um final feliz", explicou ela. 

Isis afirma ter visitado o hospitais para poder se preparar para a personagem antes mesmo da pandemia, precisando reforçar seus estudos por conta do atual cenário: "Sem Covid, já achei pesada a experiência no hospital. Imagina agora? Conversei com muita gente on-line durante a pandemia. Foram vários encontros com todo mundo que faz parte do centro médico da novela."

"A madrinha do meu filho, que trabalha no SAMU, também me ajudou muito. Nos momentos difíceis eu ligava para ela e nós duas chorávamos. Foi um estudo muito doloroso", lamenta. Durante a quarentena, a atriz aproveitou para passar mais tempo com a sua família. Ela é casada com o modelo e empresário André Resende e tem Rael, 2. Isis afirma que seu grande desafio é a maternidade: "Parece que um bicho nasce dentro de você, uma segunda personalidade, que é a mãe. Você olha e fala: 'Quem é essa mulher louca? Nunca vi'. De repente ela começa a dominar sua vida. Quando você olha, está limpando nariz da criança, cavucando, passando negócio no ouvido."

Ela continuou: "Antes eu tinha até medo de dar banho no Rael. Para mim, ser mãe é um conjunto de ações e de decisões para a vida daquele ser humano que acabou de chegar a este planeta doido. É uma construção que vai vindo ao longo do tempo. Nunca vi uma coisa tão difícil na vida". Ela ainda revelou que procura buscar equilíbrio na hora de criar seu filho, em relação ao trabalho. "Tento respeitar sua individualidade. Por exemplo, não faço comercial com ele, coisas que envolvam grana e que exijam que ele tenha horário para chegar e para sair. Importante dizer que essa é a minha maternidade. Não estendo para outras mães."

"A maternidade é singular e, para mim, é assim que funciona. Acredito que Rael precisa ter a infância dele. Ele pede para tirar foto, faz pose. Não sei explicar o que se passa na cabeça dele. Ele tem esse lado. Tento ao máximo evitar a exposição, mas às vezes escapa, uma foto vaza. Eu tento deixar a integridade dele como criança intacta pra ele decidir o que quer. Se um dia ele chegar para mim e disser "quero fazer uma capa" ou então eu perguntar "filho, você quer fazer foto com a mamãe?" e ele responder que quer, nunca vou falar "não". Isso não vai agredir o corpo e a saúde dele. Se ele estiver a fim, vai fazer. E está tudo certo."

Isis ainda enfatizou sua que exposição fica mais evidente ao ser ser fotografada por paparazzis: " Não sei o que eles têm comigo. Eu boto o pé na rua, eles aparecem. Parece que eu ligo para eles. Outro dia estava saindo de uma trilha, e o homem estava lá embaixo. Eu brinquei: "Você colocou GPS no meu carro, né?". Ele começou a rir. Isso é uma coisa que me incomoda ainda. Na praia, por exemplo. Tem momentos que isso incomoda porque você está fazendo uma coisa muito família, e a pessoa está ali cavando uma foto. E é um book. Não é uma foto que o cara tira e fala: "Tchau, obrigada". Ele vai ficar ali a noite inteira."

"Então, eu respeito, mas às vezes falo: "Já tiraram muito, agora podem ir, né?". Eu me acostumei mais. Antes, ficava muito nervosa, assustada. Eu era da fazenda. Imagina chegar ao Rio de Janeiro? Na época da Ana do Véu, quando eu saía, avançavam com a câmera para pegar meu rosto. Uma vez eu saí correndo, larguei a mala no meio da rua. No início foi bem intenso, agora está mais de boa", afirma. A atriz conta que é necessário estar atento quanto às 'armadilhas' da fama: "Há momentos em que você é muito criticada e outros em que é muito elogiada. Por isso, tem que tomar cuidado. Aprendi isso ao longo da carreira. Você precisa estar preparado, não pode deixar subir à cabeça."

"Você vai estar sempre na berlinda, "pode isso, não pode aquilo". Lembro de coisas que criaram, de coisas que falei e que eu não disse. Uma vez saiu que fui a um show e não paguei a conta. As pessoas começaram a falar: "Caloteira, não vai pagar a conta, não?". Eu não estava entendendo, pensava: "Rebobina que perdi essa parte". Imagina ser chamada de caloteira, que horror. Ainda mais eu, que sou certíssima. Fui a um show, fofa, e no dia seguinte virei caloteira, na capa do jornal. Tem que ter ouvido de mercador: "Isso aqui, OK, bota na caixinha. Isso aqui não vale. Essa aqui vou ter que responder". E assim por diante", completou.