Atriz fez comentário sobre a situação em entrevista para o canal de Thais Fersoza
Redação Publicado em 23/04/2021, às 11h07
Isabelle Drummond contou que o primeiro beijo que deu em um trabalho na televisão não foi combinado com ela, mas sim com o ator envolvido na cena e o diretor, e garantiu que hoje em dia esse seria um caso "para se pensar".
"Foi uma coisa 'complicadérrima' para mim. Eu sempre fui preservada e sempre me preservei muito. O primeiro beijo foi bem novinha, acho que com 9 anos. E eles me enganaram, o diretor me enganou. Disse que não ia ter. Ele combinou com o ator", disse a atriz em entrevista para o canal de Thais Ferzosa no YouTube.
Ela prosseguiu: "Quando eu estava de olhos fechados, porque era uma cena de atropelamento, ele foi e me deu um beijo. É para pensar hoje. Já fiz tantas cenas de romance. Um selinho, né? Uma coisa que a gente faz com naturalidade, mas obviamente com muito respeito, muita técnica, muito profissionalismo", pontuou.
"É uma coisa que a gente tem um certo costume de exercer no ofício. Então, quando isso aconteceu, para mim foi quase como se a pessoa estivesse me invandindo, porque não foi combinado comigo", protestou.
Isabelle comentou que esse tipo de situação ainda é normal nos bastidores: "Essas coisas acontecem no processo de criação artística. De algumas eu não sou a favor, porque acho que podem ser muito traumáticas".
"Converso muito com diretores e preparadores. A gente tem que entender que existem início, meio e fim. Tem que ter um processo saudável para a alma. Porque, depois que acabou, todo mundo dá beijo e tchau, a gente sai dali e quem vai estar conosco além de Deus? Tem que ter profissionalmente um acompanhamento para que aquilo ali seja bem concluído, tanto no ambiente profissional quanto no nosso ambiente emocional, que é interno", analisou.
Conhecida por ser avessa aos holofotes fora dos trabalhos em frente às câmeras, Isabelle explicou sua postura. "Desde nova eu falava assim: 'Não quero que as pessoas vejam demais a Isabelle e não consigam ver as personagens'".
"Não queria sair demais em veículos de imprensa o tempo inteiro e virar uma pessoa o tempo inteiro vista, pois iam olhar e se lembrar dessas coisas. Isso era algo que me incomodava, eu queria mesmo não ser tão vista para que as pessoas vissem em mim o que eu acho que é meu serviço e é relevante: a arte", destacou.
Por isso, ela evita frequentar determinados lugares para fugir do assédio da imprensa. "Minha vida pessoal em si nunca mostrei mesmo. Mas apareceu. É inevitável em determinado momento. Você não vai se esconder, você vai viver. Também preciso ir ao restaurante de que gosto, ao shopping".
"Mas já fugi de fotógrafo no shopping. Às vezes nem era com alguém, era sozinha mesmo. Às vezes, hoje ainda, não vou a locais onde sei que tem paparazzi. Pode ser que as pessoas não falem, mas isso é de modo geral no nosso meio. Nem sempre você vai querer ser vista por um monte de gente. Você vai querer passar como todas as pessoas. Você vai querer sentar também e observar outras pessoas", comentou.