Grazi Massafera recordou o trabalho que deu a ela uma indicação ao Emmy Internacional
Redação Publicado em 29/10/2021, às 07h57
A oportunidade de interpretar uma modelo que se afunda no mundo das drogas em "Verdades Secretas" foi determinante para a carreira de Grazi Massafera. Indicada ao Emmy Internacional de Melhor Atriz pela atuação no papel, ela conta que passou a perceber seu ofício de outra forma depois desse trabalho.
"A Larissa foi um divisor na carreira e de profissão até. Com ela eu entendi muita coisa da profissão. É um trabalho e uma personagem com uma grande função social e eu acho que as pessoas também receberam dessa forma. Eu me orgulho disso", revela.
Grazi diz que só sentiu a repercussão de seu trabalho tempos depois das gravações e que na época da indicação ao prêmio a ficha custou a cair. "A ficha só caiu quando eu estava lá, no dia da cerimônia. Foi muito louco isso. Hoje eu tenho essa indicação como um dos maiores orgulhos da minha carreira. Na época eu estava meio anestesiada, as pessoas falavam e parecia que não era eu, era tão grande que eu não percebia", explica.
O resultado do trabalho foi fruto de muito esforço. A preparação para a personagem repleta de complexidades exigiu um intenso trabalho físico e mental. "Li sobre cada processo químico, de cada droga. Primeiro fui estudando, conversei com especialistas, fiz um amplo estudo de imagens de filmes já consagrados, clássicos do tema", lembra.
Fui até a cracolândia, conversei com os dependentes químicos. Depois fui para o processo corporal, estudei sobre como era a sensação de cada droga no corpo e aí fui explorando o meu corpo, um processo bem exaustivo. Quando me aproximava do resultado, criava a memória corporal. Depois disso é que eu parti para o texto. Foi um processo bem interessante, bem esmiuçado.
Grazi credita o sucesso desse trabalho especialmente à disponibilidade em desconstruir sua imagem. "O maior desafio foi acreditar que eu era capaz de fazer alguma coisa de diferente do que já tinha feito. Sempre creditavam a mim um personagem de acordo com o meu estereótipo. A Larissa não é diferente, o meu estereótipo ajudou na construção dela, mas foi a desconstrução que fez com que ela brilhasse", pontua.
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