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Ex-Chiquititas Renata Del Bianco diz que não escondeu bissexualidade do marido: “Não tenho que sentir vergonha”

Atriz contou que é bem resolvida com sua sexualidade

Renata Del Bianco falou sobre sua sexualidade - Foto: Reprodução/ Instagram@renatabdb
Renata Del Bianco falou sobre sua sexualidade - Foto: Reprodução/ Instagram@renatabdb

Redação Publicado em 29/06/2021, às 06h28

Intérprete da órfã Vivi da primeira versão de Chiquititas (SBT, 1997), Renata Del Bianco, de 35 anos 一 que hoje é veterinária 一, abriu o jogo sobre sua sexualidade e revelou, entre outras coisas, que não teve problema em conversar com o marido, o designer Daniel Simonini, sobre o fato de ser bissexual.

“Sempre fui muito transparente. Eu não sei mentir. E, hoje em dia, é tão fácil buscar informações sobre alguém. Se ele fizer uma pesquisa rápida vai encontrar sobre meus trabalhos, sobre affairs, inclusive sobre sexualidade… Não tenho que esconder, nem sentir vergonha. Eu sou bem resolvida, sabe? E quem está comigo também tem que ser”, disse ela, à Quem.

À publicação, Renata contou que o ensaio sensual que fez ao lado da ex-BBB Angélica Morango, em 2010, foi uma “mudança chave”:

“Eu lidava com o público infantil até aquele momento. Foi uma mudança de chave para mim. Até então, as pessoas me viam apenas como a menininha que fez Chiquititas e ponto. Quando mostrei esse lado mais sensual, assustou um pouco, mas foi legal”, revelou.

Ainda sobre o ensaio com a ex-BBB Angélica Morango, Renata contou que ficou assustada com o assédio e a repercussão das fotos.  

“Muito! Mais por conta do assédio, de homens, mulheres... Era um universo novo para mim”, explicou.

A veterinária acrescentou que a sociedade ainda considera um tabu a bissexualidade.

“Claro que é, com certeza. Na nossa sociedade, ou você gosta de homem, ou gosta de mulher. As pessoas, no geral, são muito quadradinhas. Digamos que nos dias de hoje está muito melhor do que já foi no passado, mas ainda está longe da aceitação total das pessoas. Meus pais sempre foram muito ‘pra frente’ da geração deles, então, nunca tive muito problema em abordar o assunto. Porém, com pais de amigos, nunca foi uma tarefa fácil”, ressaltou.

Renata contou ainda que teve outros relacionamentos com mulheres e que tinha um diálogo aberto com a mãe e as primas mais velhas sobre sua sexualidade.

“Algumas vezes… [se relacionou com outras mulheres] Tive dois relacionamentos em que chegamos a morar juntas, mas com o tempo, o amor se tornou amizade. [Conversava] Principalmente com a minha mãe e minhas primas mais velhas. Meu pai é um pouco mais conservador”, completou.

Mãe da pequena Aurora, de 3 anos, Renata disse que sente um pouco de medo do futuro, mas que espera que o mundo melhor:

“Não tenho como não falar que sinto um pouco de medo dos rumos que a sociedade no geral vem tomando. Os tempos são obscuros… Temos que ter esperança. Se compararmos com 20 anos atrás, o mundo no geral está mais empático, mas a luta continua. Talvez ainda não na geração da minha filha Aurora, mas na próxima tenhamos muito mais respeito, muito mais aceitação. A Aurora é livre, ela aprende na base do amor. Tenho amigos trans que conheceram ela e ela respeitou totalmente. Fiquei orgulhosa”, finalizou.