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Estudante de Biologia, Caco Ciocler fala sobre profissão: "Desejo de trabalhar com pesquisa"

Ator revelou que costuma passar horas, de madrugada, se dedicando aos estudos

Caco se orgulha das notas 10 nas disciplinas do seu segundo ano na faculdade - Reprodução/Instagram
Caco se orgulha das notas 10 nas disciplinas do seu segundo ano na faculdade - Reprodução/Instagram

Redação Publicado em 28/04/2021, às 08h28

Estudante de Biologia, o ator Caco Ciocler, 49, falou sobre a profissão, em conversa com a revista Quem, e ainda revelou que costuma passar horas, até mesmo de madrugada, se dedicando aos estudos. 

Orgulhoso de suas notas 10 nas disciplinas do segundo ano do curso, ele conta: "Desde que comecei o curso tem sido 100% on-line. Eu que organizo minha rotina. Prefiro fazer tudo muito rápido, funciono melhor assim. São cinco matérias, faço uma por vez, inteira, às vezes em três dias, varando a noite. Gosto desses mergulhos. E assim estou fazendo. Já terminei esse semestre praticamente porque fiz todas as provas e entreguei os trabalhos. Mergulho de cabeça no curso e fico totalmente voltado para ele."

 
 
 
 
 
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Como ator, ele revela que não sentiu reação de colegas de classe e professores ao saber que ele estava entre os alunos: "Não tive manifestações sobre isso ainda. Não sei se os alunos sabem que sou ator, se fingem que não sabem. Talvez quando precisar fazer algo presencial aconteça alguma manifestação neste sentido, mas até agora não aconteceu. As aulas teóricas são on-line. Algumas exigem práticas presenciais, mas por causa da pandemia, eles tentaram contornar isso, reformulando a grade, no primeiro ano."

"Trocaram por matérias que não exigem presença. Nesse segundo ano, eles virtualizaram os laboratórios. Criaram plataforma para fazermos os experimentos virtualmente". Apaixonado por células, microorganismos e botânica recentemente, ele explicou a vontade de mudar e que conversar com o filho, Bruno, dedicado à agricultura, o ajudou a começar a buscar mais conhecimento sobre a biologia: "A Biologia não era um sonho antigo. Sempre fui mais das Exatas. No passado, cheguei até a cursar Engenharia Química. Sempre tive medo de sangue e tenho até hoje."

Ele prosseguiu: "Então, nunca passou pela minha cabeça estudar algo da área biológica. Mas isso tem mudado de um tempo para cá. Acho que várias coisas contribuíram para isso. Primeiro o meu filho, que enveredou pela área da Agricultura. Esse conhecimento que ele tem foi me fascinando. Depois, comecei a sentir um certo cansaço. Sempre adorei a minha profissão, pelo caráter investigativo que ela tem do humano, mas comecei a ficar um pouco saturado das questões psicológicas e humanas, dos ego e de para aonde a minha profissão estava caminhando."

"Paralelamente a isso fui me interessando pelo humano biologicamente. E comecei a querer entender o ser humano mais pelo seu funcionamento do que pela sua psique". Com a pretensão de se dedicar ao campo de pesquisa após se formar, Caco não tem planos de deixar de atuar, mas deseja trabalhar na área de pesquisa: "As áreas que têm mais me fascinado são Citologia, estou fascinado com o funcionamento das células, e Botânica. Sempre fui apaixonado pelas árvores. Mas não sei ainda como vai ser."

"Como qualquer profissão, precisa de dedicação. Não sei se será possível começar uma nova carreira, mas tenho curiosidade de trabalhar mais com pesquisa", garantiu. "Por outro lado, eu sei que vai acabar me ajudando no meu trabalho como ator e artista. Você vai entendendo uma série de coisas sobre o funcionamento biológico dos seres vivos, que é um tema que a arte aborda. Uma coisa alimenta a outra. Já me sinto melhor ator no segundo ano de Biologia por ter ampliado meus conhecimentos sobre esse assunto".

Mesmo estudando, Caco arranja tempo para consegui produzir e dirigir. O ator ainda está finalizando o projeto de um filme e ainda tem lista de trabalhos no cinema, teatro e TV: "Fiz um filme, que tem a ver com a pandemia, mas ainda não tem nome e está em fase de montagem. Daqui um mês e meio está saindo do forno. 'Partida' (filme produzido e dirigiod por ele, ganhou diversos prêmios internacionais) foi feito antes da pandemia, mas estreou durante pandemia. O mais legal é que foi feito sem lei de incentivo, patrocínio."

"Nem foi por uma questão de levantar bandeira, mas porque a ideia veio em cima da hora e não dava tempo de ir atrás de apoio. Foi produzido com dinheiro próprio, meu e do Beto Amaral, meu parceiro de produção. O filme venceu o Festival de Málaga, na Espanha, e o de Porto, em Portugal. Isso foi muito legal e muito triste ao mesmo tempo. São conquistas importantes para mim, mas não pude estar presente nestes festivais por causa do distanciamento social", completou.