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Debora Ozório fala sobre feminismo em 'Filhas de Eva' e importância da sororidade

Atriz afirma ter tido conhecimento desde cedo sobre o assunto

Debora diz que deseja inspirar telespectadores a buscar a própria autenticidade - Reprodução/Instagram
Debora diz que deseja inspirar telespectadores a buscar a própria autenticidade - Reprodução/Instagram

Redação Publicado em 14/04/2021, às 10h39

A atriz de 'Filhas de Eva', Debora Ozório, falou sobre o feminismo na série, em conversa com a revista Quem, e afirma mulheres fortes em sua família que a ajudaram a ter  conhecimento desde cedo sobre o assunto.

Debora explica: "O feminismo é saber que eu posso acordar todos os dias e ter a consciência de que sou capaz de fazer o que eu quiser. Me sentir livre e corajosa. Também entendi a importância de me unir a outras mulheres para que a gente possa se apoiar umas nas outras. Desde muito jovem sou aberta para o mundo e me interesso pelo feminismo. Meu processo foi se desenvolvendo naturalmente."

"Até pelo fato de ter muitas mulheres na minha família que me ensinaram que podemos desejar e que podemos realizar todas as coisas. Tive a sorte de ter mulheres fortes e independentes bem próximas a mim. Isso me fazia refletir e buscar muito conhecimento. Eu acredito que seja um processo de construção e desconstrução diário e continuo". Na série ela interpreta a filha de Giovanna Antonelli e neta de Renata Sorrah, apoiando as parentes a se libertarem de amarradas em suas vidas.

A jovem revela que foi um novo aprendizado como atriz e mulher poder trabalhar com as atrizes e Vanessa Gíacomo: "Foi uma honra gigante e uma aula ao vivo em todas as gravações. Procurava observar e aprendi muito com elas. Minha admiração por elas só aumentou após contracenar com essas mulheres maravilhosas. Fui muito acolhida por elas e foi muito feliz ter essas mulheres na minha ficada. Os contatos e amizades permanecem. Elas são grande referências para mim".

Debora ainda diz que deseja inspirar telespectadores a buscar a própria autenticidade, além de fazer com que as mulheres possam ter consciência de que são livres para buscarem seus sonhos: "Desejo contribuir e encorajar mulheres que têm direito a sonhos e que podem realizá-los independentemente da idade ou de qualquer outra coisa. Espero que as pessoas se deem conta do quanto nós sofremos com o que a sociedade um dia acreditou ser ideal. Que sejamos livres todos nós. Desejo que as pessoas assistam e se encorajem a serem autênticas."

A atriz revela que sua personagem foi muito importante e que isso trouxe a ela desafios diferentes, mas que todos os personagens são desafiadores e criam expectativas, o que demante muita dedicação e estudo. "Amo essa fase de criação do personagem. A ansiedade sempre vem um pouquinho, mas a gente controla". Ela também afirma se identificar com sua personagem, que estava em primeiro contato com o feminismo e por conta disso tinha muito fervor. "Faz parte do processo de construção do feminismo", ponderou.

Quando questionada se já sentiu o peso do machismo em relacionamentos, ela diz: "Infelizmente ainda existem muitos relacionamentos baseados em padrões machistas, mas vejo uma força no movimento feminino para que isso seja cada vez menos comum. Acredito que, em algum momento, ou relação amorosa ou não a gente se depare com esse machismo estrutural". Debora também conta se já sentiu pressão alheia ou própria para se encaixar em padrões e diz que precisa reconhecer que é mais fácil para ela estar mais próxima do que as pessoas acreditam ser o 'padrão'. 

"Mas é preciso lembrar que padrão não existe e ninguém nunca está perfeito para a sociedade, sempre tem algo que o mundo diz para você mudar. É importante que eu, que estou neste padrão criado pela sociedade, lute junto. Quem está dentro dele tem que lutar e se unir com pessoas que não estão dentro deste padrão para descontruirmos isso". A atriz revela fazer terapia para lidar com a autoestima, mas que não tem relação com seu físico. "Tenho uma relação com minha autoestima e isso não tem relação com o meu físico. O que me ajudou e me ajuda é a terapia."

"Façam terapia. Todo mundo deveria fazer. A terapia faz com que eu entre em contato comigo mesma, me conheça melhor, saiba a minha vulnerabilidade e me faça ter segurança. A autoestima é muito maior do que se olhar no espelho", completou.