Maior parte das produções culturais deram pausa para respeitar o distanciamento social
Redação Publicado em 02/03/2021, às 08h34
A atriz Débora Falabella comentou, em entrevista à Revista Quem, sobre o impacto da pandemia da Covid-19, que estava filmando 'Aruanas' quando o vírus surgiu no Brasil, além de explicar como tem vivido papel de mãe na nova realidade causada pelo isolamento social.
A maior parte das produções culturais precisaram dar uma pausa para respeitar o distanciamento social: "Foi meio assustador em um primeiro momento. A gente não sabia quando as coisas iam começar a voltar a acontecer. Os teatros pararam, os cinemas, as produções. Os que trabalham com arte, principalmente os que estão nos bastidores, tiveram muito prejuízo".
"Me vejo em uma situação um pouco privilegiada porque, como atriz, sou contratada, consegui realizar alguns trabalhos online e de casa. Mas a minha preocupação com essas pessoas foi muito grande. Elas ainda estão sofrendo muito, principalmente porque estamos em um país em que não temos muito incentivo". Lançando atualmente o filme 'Depois a Louca Sou Eu,' a atriz ainda falou sobre manter o equilíbri para que sua filha de 11 anos, Nina, pudesse viver uma realidade nova melhor.
"Como mãe, meu maior desafio foi tentar me manter equilibrada para trazer equilíbrio para a minha filha. Não é fácil para os filhos ficarem isolados, não irem para a escola, ficarem sem ver os amigos, estudarem através da tela. Mas ainda estou em uma situação privilegiada porque têm crianças que nem tiveram condições de estudar. As crianças e adolescentes estão sentindo muito".
Ela continuou: "Isso vai ficar marcado na vida de todos, mas para eles, que estão em fase de aprendizado, vai ser algo que vão levar como bagagem. Talvez, eles tenham que correr muito atrás desse período tão desconectados socialmente. Meu maior desafio é dar esse suporte e me manter equilibrada para manter o equilíbrio da minha filha". Débora também afirmou que acredita que todos devem levar um aprendizado desde o momento conturbado, como a importância de olhar para o outro.
"A gente precisa olhar mais para o outro. Esse momento fez com que a gente olhasse mais para o outro porque tinham pessoas passando por situações piores que as nossas. Isso precisa acontecer sempre. A gente vive em uma sociedade muito desigual e a gente precisa olhar para os lados e furar essa bolha, construir pontes para ajudar quem precisa".