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Bruna Linzmeyer abre o jogo sobre namorar mulher: “Quando me descobri sapatão, foi uma farra”

Atriz contou que já gostava de mulheres na adolescência

Bruna Linzmeyer falou sobre cultura sapatão e de quando se descobriu lésbica - Foto: Reprodução/ Instagram@brunalinzmeyer
Bruna Linzmeyer falou sobre cultura sapatão e de quando se descobriu lésbica - Foto: Reprodução/ Instagram@brunalinzmeyer

Redação Publicado em 14/09/2021, às 13h35

Bruna Linzmeyer, de 28 anos, abriu o jogo sobre a “cultura sapatão” e revelou, entre outras coisas, que sentiu uma liberdade indescritível quando finalmente se descobriu e se assumiu lésbica.

“Quando me descobri sapatão, quando descobri esse mundo dentro e fora de mim, foi uma farra. Fez sentido. A primeira vez que namorei uma mulher foi em 2015. Mas já vinha de antes”, explicou ela, em entrevista publicada no Segundo Caderno do jornal O Globo, desta terça-feira (14/09).

À publicação, a atriz contou que o gosto por mulheres começou bem antes, na adolescência: “Uma vez que fui vivendo isso de uma forma mais consciente, recuperei memórias de um passado que eu não sabia que existia. Amei mulheres que considerava amigas na adolescência”, continuou.

A descoberta, segundo Bruna, ajudou a abrir mão da eterna cobrança pelo corpo padrão depilado.

“Foi [uma libertação]. Muita gente fica com mulher, mas não pertence ao mundo sapatão. Me sinto pertencente. Ser sapatão traz a oportunidade de se ver. A gente é educada para ser uma coisa e nem se pergunta se quer. Transar com homem, amar homem, trabalhar com homem. Se apaixonar por mulher é adentrar um mundo em que o centro dele não é um homem, mas nós. Passei a me questionar sobre o que me ensinaram. A possibilidade do amor entre mulheres existir é revolucionário e transformador.  Foi com isso que me encontrei”, comemorou.

A atriz ainda falou sobre a cultura sapatão:

“É uma maneira de perceber o mundo que as mulheres sapatonas têm. Quais são as piadas das quais só a gente ri? Como nossas vidas se tornaram interessantes para além da nossa sexualização, de duas mulheres se beijando? [...] Não existe necessidade de baixar a cabeça para homem. Ser sapatão é uma identidade, um pertencimento emocional, um lugar no mundo que atravessa a minha experiência”, completou.