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Alessia Cara comenta sobre saúde mental em novo álbum: "Escrever virou necessidade"

Alessia Cara deve lançar seu novo trabalho ainda em 2021

Alessia Cara comentou sobre suas inspirações - Foto: Reprodução / Instagram @alessiasmusic
Alessia Cara comentou sobre suas inspirações - Foto: Reprodução / Instagram @alessiasmusic

Redação Publicado em 11/08/2021, às 11h04

A cantora canadense Alessia Cara usou a produção de seu terceiro álbum de estúdio como uma espécie de terapia. Sendo nomeada como uma das melhores compositoras da geração, ela usou suas dores e alegrias dos últimos meses para seu novo trabalho, antecipado pelos singles Sweet Dream e Spaceshifter. Durante uma entrevista cedida para a "Quem", a artista detalhou o projeto, explicando suas influências em bossa nova, além de comentar sobre saúde mental.

"Eu estava no meu pior nível de saúde mental na minha vida até há uns meses atrás... Depois de ter a ajuda apropriada, com o tempo, eu melhorei. Não estou perfeita, mas me sinto bem melhor. Eu não estou naquele lugar que achava que ia ficar presa para sempre. Espero que eu possa ser um exemplo para pessoas que estão lutando com isso, saibam que tudo melhora", comentou a artista.

"No começo, era difícil até para eu compor alguma coisa. Eu não conseguia nem sair da cama e fazer algo. Não estava comendo, não estava dormindo. Depois de um tempo, escrever meio que passou a ser uma necessidade para mim. Eu estava com esses sentimentos guardados há muito tempo e eu precisava tirá-los de dentro de mim. Se não, eu ia continuar sofrendo. Eu escrevi muito e isso afetou a maneira que eu componho, porque me forcei a ser extremamente honesta sem me preocupar com o produto final", completou.

Dona de um Grammy de Melhor Artista Revelação, ela comenta que diversas sonoridades e emoções estão presentes em seu disco, que deve ser lançado ainda em 2021. "Há muitas experimentações que nunca ouviram de mim antes. É uma cápsula do tempo do último um ano e meio e do que eu venho passado. É muito mais divertido do que meus outros projetos. A maneira que eu produzi, eu experimentei muito mais. Não me limitei. É bastante colorido, mesmo que não seja o álbum mais feliz, porque há muita coisa pesada nele, eu acho que a maneira que eu o criei foi bem legal. Eu estou muito orgulhosa. A vida é muito curta. É um clichê falar isso, mas se tem algo que esse último ano mostrou é que nada é garantido. Eu prefiro tentar e falhar do que não tentar. Prefiro isso do que estar mais velha e pensar: 'Poxa, eu poderia ter feito isso'. Se você falhar, você falhou e aprendeu. Não há nada de ruim que possa vir de um aprendizado", explicou.

Ela ainda comentou sobre a forte influência da bossa nova em seu novo trabalho: "Ouço muitos artistas mais antigos... Preciso me atualizar sobre os novos artistas do Brasil. Eu amo as músicas do Rodrigo Amarante, o último projeto dele é tão bom. É tão legal. Eu adoraria fazer algo com ele. Eu amo a cultura, a comida, a língua. Eu mal posso esperar para visitar o Brasil. Meus fãs brasileiros são, provavelmente, uns 90% da minha fanbase! Todo mundo é tão gentil comigo! Eles são incríveis, apaixonados. Minha fanbase não seria a mesma sem eles. Eles são tão engraçados."