por Eduardo Graboski
Publicado em 05/07/2023, às 18h19
A volta do Teste de Fidelidade, comandado por João Kléber na RedeTV!, traz uma esperança: a de que quadros e programas de sucesso dos anos 2000 voltem – tão logo – às telinhas. A atração reestreia hoje em novo formato e promete recorde de audiência.
Assim como na moda, as tendências vão e vem na televisão. O que ficou em alta por muito tempo, geralmente é deixado de lado por uma temporada para depois retornar ainda com mais fôlego. Não à toa, vira e mexe as clássicas atrações retornam à programação com ajustes e atualizações em seus formatos.
Quer um exemplo? O Show de Calouros, apresentado por Silvio Santos e sucesso absoluto nos anos 90, retornou ao SBT há pouco sob o comando de Ratinho. Sim, às segundas o programa de Carlos Massa apresenta o quadro Dez ou Mil, onde calouros arriscam seus talentos em rede nacional para faturar uma graninha.
O quadro é praticamente igual ao de Silvio Santos. Parte do júri, inclusive, foi aproveitado, incluindo Sônia Lima, Sérgio Mallandro e Décio Piccinini. O formato, os comentários e as tiradas do próprio apresentador seguem a mesma linha do antigo Show de Calouros, Mas não vamos falar em ‘cópia’.
Aliás, muita coisa saiu da televisão nessa era do ‘mimimi’, onde tudo se transforma em politicamente incorreto. Um saco! A TV era mais divertida quando toda a família se sentava à mesa aos domingos para assistir a Banheira do Gugu. Sem maldade, sem tabus. Era normal...
Ou quando Silvio Santos falava tremendas bobagens no Topa Tudo por Dinheiro, onde colocava anônimos em provas bizarras e bem engraçadas. E mais, quando o Pânico extrapolava nas brincadeiras com artistas. Uma época bem recente, é verdade, onde mulheres de biquíni nem sofriam de ‘gostosofobia’.
O fato é que o novo Teste de Fidelidade mostra que os sucessos da TV podem – e devem – voltar a qualquer momento. Um resgate quase que natural. Afinal, são formatos populares e se conectam fielmente com o público, que sente falta da televisão raiz.
Quem sabe agora, as emissoras se abram mais para isso, resgatando os quadros e programas de maior audiência dos anos 90 e 2000. Vale arriscar e trazer de volta a essência, claro, considerando sutis atualizações para os novos tempos. Que assim seja!
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do CENAPOP.
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