por Eduardo Graboski
Publicado em 28/06/2023, às 08h30
Imagine uma mansão em cenário paradisíaco com 13 criadoras de conteúdo sensual – ou +18 como dizem os mais conectados –, câmeras por todos os lados, atividades e provas, além de uma boa dose de pegação. Foi nesse formato que rolou a segunda edição do reality Firma’s House em Santa Catarina.
Nos últimos meses produções como essa se multiplicaram. A ideia é simples: criar um ambiente e uma estrutura para que as modelos tenham momentos únicos de produção de conteúdo, colabs, trocas de ideias, conhecimento e diversão.
Diferente de outros realities como BBB e A Fazenda’ nem tudo é transmitido para o público. Muito menos ao vivo. As cenas são gravadas e as prévias postadas nas redes sociais. Já as versões completas – ou proibidas – vão para plataformas como OnlyFans e Privacy, normalmente no perfil de cada modelo participante.
Sabe-se que esse universo adulto é um dos mais lucrativos. E por esse motivo, produções como essa devem chegar rapidamente às TVs. O reality De Férias com o Ex, da MTV, está a um passo disso. O Soltos em Floripa, também. Afinal, são comuns cenas explícitas de pegação. Claro, com a devida censura.
Mas, quem sabe em breve a produção não oferece a assinatura de uma versão proibida para menores. Seja na internet ou em alguma plataforma por aí. E mais, com direito a interatividade. É aquela coisa: quer ver mais? Assine aqui! Com a intimidade cada vez mais exposta – e cada vez mais normal e liberada –, é bem provável que isso aconteça tão logo.
Enquanto isso, produtoras, agências e as próprias influencers criam projetos independentes, mansões e realities, dominando um mercado que não para de crescer. Apostando cada vez mais no digital. É um caminho sem volta, uma tendência que chegará nas TVs.
A convite da agência A Firma, embarquei para o reality de mesmo nome em Santa Catarina na última semana. E agora você vai conhecer os bastidores. Ao contrário do que muitos imaginam, ali não rola só diversão. As modelos são estratégicas, pensam em cada detalhe e se envolvem de verdade na frente das câmeras.
Entre uma gravação e outra, as influencers trocam muitas informações, pegam dicas e tiram dúvidas principalmente sobre as estratégias de divulgação e vendas. Por ali, quem dava o tom era uma influencer que também é mentora de modelos.
Empolgada, ela falava sobre os valores que as novatas devem cobrar, que tipo de conteúdo postar mais e destaca a importância de fazer colabs.
São essas parcerias e trocas de divulgações – as tais colabs – que fazem uma influencer +18 se tornar uma nova milionária e ter sucesso. É assim em todo segmento, até na música. Quantos artistas estouraram depois de gravar com algum mais conhecido? A estratégia realmente funciona e deve ser explorada.
Natasha Steffens e Lilika Teixeira sabem bem do poder das colabs. Tanto que vivem viajando para gravar com outras modelos. Inovam nos conteúdos, trocam divulgação e estão sempre em movimento. Por conta disso as duas foram premiadas no reality por uma plataforma de conteúdos. A dupla é recorde de vendas!
Outras novas milionárias, além de aplicar estratégias aprendidas em realities como esse, ainda se entregam nas cenas. A pegação rola de verdade, é real. E isso é captado por cada câmera, surpreendendo os assinantes e o próprio staff. Apesar das cenas serem combinadas (histórias, ângulos e poses, por exemplo), a atuação é natural. Aliás, não há atuação.
O fato é que todas saem ganhando. Em um meio cada vez mais competitivo, realities como esse mostram que ainda existe generosidade e troca de experiências. E quem se dava melhor é o assinante, do outro lado, que tem acesso a vídeos variados e reais.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do CENAPOP.
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