por Eduardo Graboski
Publicado em 22/06/2023, às 14h32
Que os podcasts se tornaram uma febre, todo mundo já sabe. Num mundo cada vez mais conectado, TV e internet se completam. Mas não é só! Grandes apresentadores já entenderam isso. E já perceberam a necessidade de se atualizar, ampliar horizontes, estar presente em outros meios – inclusive para faturar mais –, e estar perto do público mais jovem, que consome cada vez mais streaming e redes sociais.
Depois de Carlos Alberto (A Praça é Nossa, do SBT) lançar seu próprio podcast, onde recebe amigos famosos, Celso Portiolli também investiu no seu próprio canal no YouTube com o PodC (um nome bem sugestivo, é verdade).
O interessante é que em seus próprios podcasts, os apresentadores mostram um lado B, algo inusitado até então.
Acostumados com formatos e padrões da TV, parecem mais soltos, espontâneos e engraçados. E isso gera uma conexão ainda maior com o público, quebrando barreiras e até rejeições. É algo muito positivo, principalmente para a imagem desses apresentadores.
Luciana Gimenez, que comanda há mais de uma década o Super Pop, na RedeTV!, é outra que decidiu se desafiar e se reinventar com as entrevistas no YouTube.
Resta saber se as emissoras não vão interferir nesses projetos paralelos. Afinal de contas, as imagens dos apresentadores estarão sempre ligadas às TVs. E os podcasts ainda podem ser vistos como concorrentes, atraindo para a internet e streaming o público até então da TV.
Outros apresentadores, inclusive, cogitam deixar as telinhas. Querem se dedicar só aos podcasts por serem bem lucrativos. Além dos ganhos com as visualizações, é possível negociar cotas de patrocínio de modo independente, sem dividir com a emissora, por exemplo. Mas, será que é tão mais lucrativo mesmo?
Luciana Gimenez, que comanda há mais de uma década o Super Pop, na RedeTV!, é outra que decidiu se desafiar e se reinventar com as entrevistas no YouTube.
A lista é grande... Reinaldo Gottino, que comanda o Balanço Geral SP, na Record, e Christina Rocha, do SBT, também se renderam à internet. O primeiro foi um dos pioneiros com seu podcast. A segunda decidiu criar seu próprio espaço depois que encerrou seu programa, o “Casos de Família”, na emissora de Silvio Santos. Fica aí uma opção para quem está na geladeira.
Por outro lado, deixar a TV pode ser um tiro no pé. Afinal, as emissoras ainda trazem muita visibilidade e status para seus contratados. E em pouco tempo essa onda de podcasts pode saturar, ainda mais se considerarmos a falta de criatividade e inovação de alguns. Muitos podem ficar sem nada, esquecidos pelo público.
Tudo depende da perspectiva. O negócio é observar...
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do CENAPOP.
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