CINEMA

Justiça nega pedido de Roman Polanski para voltar a integrar a Academia do Oscar

Diretor pediu para ser reintegrado à Academia depois de ser expulso há dois anos por seus problemas com a justiça

Roman Polanski atua em Uma Simples Formalidade, de 1994 - Reprodução
Roman Polanski atua em Uma Simples Formalidade, de 1994 - Reprodução

Redação Publicado em 25/08/2020, às 16h43

Roman Polanski perdeu, nesta terça-feira (25/08), um processo onde pedia para ser reintegrado à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, organizadora dos prêmios Oscar.

As informações são da Variety. O cineasta, que já foi um dos mais respeitados do cinema e venceu um prêmio no Oscar (Melhor Diretor em 2003, por O Pianista), foi expulso da Academia há dois anos junto com o humorista Bill Cosby e o produtor Harvey Weinstein.

Os três foram retirados da instituição pelo mesmo motivo: foram acusados de abuso sexual. O caso de Polanski aconteceu em 1977, e por conta do medo de ser preso, fugiu para a Europa em 1978, onde vive desde então.

Ele foi acusado de estuprar uma garota de 13 anos.

Depois de sua expulsão, Polanski entrou com um processo para ser novamente admitido pela Academia alegando que não teve a oportunidade de se defender, além de ter sido sido excluído dos quadros da instituição sem qualquer aviso após aprovar um novo código de conduta para punir pessoas que forem acusadas de crimes sexuais.

A petição de Polanski foi ouvida em uma audiência hoje, mas com antecedência, a juíza do Tribunal Superior de LA, Mary H. Strobel, emitiu uma ordem provisória detalhada que nega o pedido de Polanski.

"A decisão do Conselho (da Academia) foi apoiada em evidências, não foi arbitrária ou excêntrica, e não foi um abuso de poder", disse a juíza no documento. "(Polanski teve a) oportunidade de apresentar qualquer evidência que considerasse relevante (para o caso), prosseguiu.

Já o advogado do cineasta, Harland Braun, disse que o artista não entrará com um recurso para tentar reverter a decisão da justiça americana. "Isso não significa nada para ele", afirmou. "É apenas a ideia de que ele foi expulso sem um julgamento justo", relatou.