Nayara Justino - Foto: Divulgação \ MF Models Assessoria Superação. Se existisse um prêmio, este deveria ser dado a Nayara Justino. A ex-Globeleza, de 27 anos,
Fabiano de Abreu Publicado em 20/11/2015, às 19h32
Superação. Se existisse um prêmio, este deveria ser dado a Nayara Justino. A ex-Globeleza, de 27 anos, deu a volta por cima. Esta semana a moça do interior do Estado do Rio foi homenageada na câmara Municipal de Barra Mansa, cidade vizinha a sua Volta Redonda. Pela luta que vem desenvolvendo contra o preconceito pedindo mais espaço para mulheres negras. Segundo vereador Lia Preto que a homenageou “Nayara é um exemplo de mulher que sofre preconceito, mas com recursos próprios, não desiste. Sonha em diminuir a desigualdade e tratamento diferenciado entre as classes presentes em nossa sociedade”.
Em 2014 Nayara foi eleita Globeleza pelo voto popular no programa Fantástico da Rede Globo entre mais de 4.000 concorrentes. Viu seu sonho tornar-se pesadelo com o intenso ataque que recebeu nas redes sociais. Ofensas como “macaca”, “zé pequeno”, “lacraia”, entre outros. Sofreu calada e sozinha. Não recebeu o mesmo apoio que Tais Araújo, Maria Julia Coutinho e o goleiro Aranha. 2015 considera um ano de transição. Passou o ano trabalhando e diz que ainda tem muito a mostrar. “2015 esta sendo um ano de transição. Durante 4 meses produzi junto ao jornal The Guardian da Inglaterra um documentário que irá contar um pouco minha trajetória e como o Brasil ainda é um país extremamente preconceituoso. Esta previsto para estrear durante o carnaval 2016. Além disso foi uma honra atuar durante meses na próxima novela da Record, Escrava Mãe. Prevista para estrear em Janeiro. Não contenho minha ansiedade. Espero que o mercado para mulheres negras na televisão aumente. Somos a cara do povo e temos nosso lugar presente em apenas 5% dos papéis na televisão.” Conta a bela moça que ainda passou o ano se arriscando como nova empresaria no ramo de pizzas. “Sou muito grata a tudo que aprendi. Abracei a causa do preconceito pois sofri na pele. Mas não quero me lamentar. Cada ofensa sofrida transformei em motivação e vontade de vencer.”
Historia inspiradora realmente. Parabéns ao jornal The Guardian. Esta contando a historia que o Brasil fez questão de não querer enxergar.
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