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Tony Bellotto fala de bastidores de festas com atrizes: "Eram assediadas"

Músico falou sobre preconceito machista e misógino

Guitarrista do Titãs ainda comentou sobre sua união de mais de 30 anos com Malu - Reprodução/Instagram/@tonybellottooficial
Guitarrista do Titãs ainda comentou sobre sua união de mais de 30 anos com Malu - Reprodução/Instagram/@tonybellottooficial

Redação Publicado em 13/08/2021, às 11h40

O músico Tony Bellotto falou sobre discutir masculinidade e machsimo e comentou sobre sua união de mais de 30 anos com a atriz Malu Mader, além de revelar bastidores de festas que tinham com atrizes. 

Em entrevista ao podcast Almasculina, Tony diz que costuma discutir a masculinidade em família e que conversa com os amigos sobre machismo desde mais jovem: "O universo todo é muito machista. Não só o mundo do rock como o mundo de tudo (...) Conheci Malu há mais de 30 anos. E sempre houve um preconceito muito grande em relação às atrizes e aos atores.O preconceito machista, misógino. Para muita gente, o menino que ia fazer teatro e ser ator era "viado", gay, no sentido de o menino ficar preocupado."

Ele prosseguiu: "Ao mesmo tempo, as meninas que queriam ser atrizes tinham (para uma parte da sociedade) uma moral duvidosa, como se fosse uma put*. Convivendo com a Malu ali no começo da carreira dela existia muito aquela coisa de a menina fazer muito sucesso na televisão e aí já pintavam aquelas. Isso todo mundo fazia. Homens, mulheres e tal. Você era convidado, ganhava um cachê para participar de uma festa, só para estar na festa. Os atores às vezes aceitavam esse jabá, como a gente chamava."

"Só que chegava lá e às vezes as meninas começavam a ser assediadas pelos homens como se fosse natural, por serem atrizes, que elas topassem fazer um programa ou alguma coisa. Então, esse preconceito sempre foi muito forte em relação às mulheres e mesmo aos homens também, nas funções artísticas. Isso está mudando e está mudando muito. Existia e existe ainda muito preconceito", conta. O músico ainda falou sobre acreditar que há avanços, mas ressalva:

"É inegável que em relação à liberdade sexual e até à liberdade de expressão parece que a gente vive um momento mais careta. Acho que isso começou talvez a partir da Aids. Acho que a doença refreou o impulso da revolução sexual. Que aquela liberdae sexual que a gent vivia no final dos anos 70 e no começo dos anos 80, quando a Aids surgiu, todo mundo ficou com medo de transar. Porque era uma doença que se propagava pela relação sexual, principalmente. Eu não sei se começou ali. E daí a onda do politicamente correto também", completou ele.