Silvia Buarque superou o câncer de mama, diagnosticado em 2014
Redação Publicado em 27/09/2021, às 09h16
Silvia Buarque, filha de Marieta Severo e Chico Buarque, contou sobre a luta contra um câncer e a depressão, afirmando ser uma "sobrevivente de um parto barra pesada", em conversa com o jornal O Globo.
Silvia relembra o diagnóstico de câncer de mama, em 2014: "Tive um câncer de mama leve em 2014. Perguntei para a médica: "Vou morrer?". Ela disse: "Disso, não vai morrer de jeito nenhum". Deu para fazer uma incisão e tirar só no local. Uso biquíni e ninguém repara. E o medo de ir parar no oncologista aos 45 anos, com uma filha de 9?", ponderou.
"Como não sou famosa, não tenho assessor de imprensa e não costumo dar notas sobre a minha vida, fiquei quieta. Fiz radioterapia e, quando terminou, veio a depressão. De 2014 a 2017, oscilei. Eu, que sempre tive muita insônia, passei a tomar remédio para dormir. Na verdade, comecei ainda quando estava esperando o resultado da biópsia, que levou um mês. Aquela expectativa acabou comigo". A atriz ainda relembra quando teve depressão.
"Quando fiquei boa do câncer, veio a depressão e fiquei tomando remédio para dormir. Minha filha estudava à tarde. Eu acordava, fazia ginástica, ficava com ela até a hora do almoço e, quando ela ia para a escola, eu tomava o remédio e capotava até ela voltar. Aí, eu me ajeitava, disfarçava, achava que ela não estava reparando. Foi muito difícil para Irene também. Foi período muito ruim da minha vida. Ainda estava casada, o Chico Diaz segurou uma onda."
Silvia contou que, durante os três anos que estava se tratando da doença, não tinha ânimo: "Comecei a brincar com remédio, a gostar do gosto, da onda. Levei um tombo no banheiro por causa de remédio. Me machuquei. Não foi que cheguei toda cortada na clínica, entende? Fui para a clínica para desmamar de um remédio muito forte. Fui a cinco psiquiatras até me acertar no antidepressivo. Não tive forças para assumir e explicar tudo isso na época."
A atriz complementou, garantindo: "Não tomo antidepressivo há dois meses. Esse psiquiatra e o analista me salvaram. Agora estou bem."
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