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Sander Mecca, ex-Twister, fala sobre passagem pela prisão e vício em drogas: “Não tenho mais saúde”

Artista está escrevendo segundo livro

Sander Mecca, ex-Twister, em foto mais atual e na época do grupo - Foto: Reprodução/ Instagram@sandermecca
Sander Mecca, ex-Twister, em foto mais atual e na época do grupo - Foto: Reprodução/ Instagram@sandermecca

Redação Publicado em 23/03/2021, às 05h49

Um dos membros do grupo Twister no passado, Sander Mecca contou que está dividindo seu tempo nesta pandemia entre as marmitas que faz para reforçar a renda em casa e a produção de um novo livro ㅡ no qual ele contará como foi o tempo em que passou na cadeia e também de seu vício em drogas.

“Estou trabalhando no segundo livro, que pretendo lançar ainda neste ano. Comecei a escrever na quarentena, mas o conceito dele nasceu em 2019, quando fiquei cinco meses internado em uma clínica de reabilitação. Foca bem nessa questão da dependência química e da luta do dependente. Quando fui preso, tinha apenas 19 anos. Saí da cadeia pensando que não ia ter coisa pior. Mas, depois descobri que é mais difícil ficar sóbrio do que passar dois anos na prisão”, explicou ele, à Quem.

Ao falar sobre o assunto, o artista contou que “tem consciência de suas fragilidades” e que atualmente “não bebe nem cerveja” porque sabe que é compulsivo. 

“Quem é adicto nasce com a propensão a ser adicto. Tenho consciência das minhas fragilidades, sei que sou compulsivo e ansioso. Tenho que tomar muito cuidado. Por isso, meu modo de vida mudou muito e meu círculo social é bem restrito. Não bebo nem cerveja”, explicou.

“Comecei cedo, não tenho mais saúde”

Ao falar sobre o livro que está escrevendo (a obra vai se chamar Correntes Invisíveis), Sander, que atualmente tem 39 anos, contou que conseguiu amadurecer com o tempo e que não tem medo de julgamentos alheios.

“Quando escrevi o primeiro livro, não contei nem metade do que eu gostaria de ter contato, fiquei com medo de contar tudo realmente. Passei um superpano no primeiro livro, omiti muita coisa. Agora, com a maturidade que adquiri e vivência, está sendo um livro muito mais sincero em vários aspectos”, explicou.

O vício, segundo ele, deixou sequelas: “Comecei cedo. A conta chegou! Hoje, com quase 40 anos, não tenho mais saúde. Nem se eu quisesse usar, meu estômago e pulmão não aguentariam. Vivo no médico e gasto uma grana para tratar problemas sérios no estômago”, revelou.

 
 
 
 
 
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“Ninguém sabia, perdi muito dinheiro”

À publicação, Sander disse que a culpa de ter se tornado um usuário de drogas não é da vida glamourosa de rockstar e da fama que conquistou com o grupo Twister. Ele contou ainda que perdeu muito dinheiro com o vício.

“Eu não deixo essa culpa só para a fama e para o glamour. Comecei a usar drogas com 15 anos. Claro que com a fama eu estava com grana e gastava tudo com amigos, farra, baladas e drogas. Não tinha maturidade e achava que um dia aquilo ia acabar. Eu jogava sujo porque não contava para ninguém do meu vício. O pessoal do grupo e o empresário achavam que eu só bebia. Eles nunca se ligaram. Eu escondia até da minha família. O Twister tinha uma agenda cheia diariamente. Quando chegava em casa era hora de descansar, meia noite eu vazava e ficava na noitada. Muitas vezes fui virado para trabalhos como programa infantil como o da Eliana. Haja maquiagem! Mas depois que tudo se tornou público, o Luciano e o Gilson me deram muita força na época da prisão e da clínica”, lembrou.

“Torrei dinheiro com drogas e festas. A única coisa decente que eu fiz na época foi ajudar minha família, comprando eletrodomésticos e roupas. Sou muito generoso, porém via pouco a minha família, ficava mais na doideira”, continuou.

Vida na prisão

Ao lembrar o tempo em que esteve na prisão, Sander disse que conseguiu “fazer amigos”, mas que o período em que ficou encarcerado foi o responsável por deixá-lo viciado em cocaína.

“Quando eu entrei na prisão, não era viciado em cocaína. Lá dentro, passei a ser completamente dependente de cocaína. Antes meus vícios eram o êxtase, LSD e álcool. Conto isso no meu livro e dos tratamentos que fiz depois. Lá as pessoas são todas iguais. Quando saí da prisão, alguns presos até choraram. Eu era menestrel da prisão. Tocava violão, cantava... Fiz amigos”, revelou.