Cantora e criadora de conteúdo tem mais de 18 milhões de seguidores
Redação Publicado em 16/08/2021, às 06h31
A cantora e criadora de conteúdo Anny Bergatin, a Ruivinha de Marte, de 24 anos, contou que passou por bastante dificuldade até conquistar a fama na internet.
Ao lembrar do passado não tão distante, ela explicou que, mesmo quando já era conhecida pelo apelido nas redes sociais e vivia de publicidade, chegava a passar até três dias sem ter o que comer:
“Quando eu fazia estágio, a gente passava por uma necessidade muito grande. Eram dois ou três dias seguidos sem nada para comer. Quando recebia, comprava comida e pagava metade da minha faculdade [de jornalismo] atrasado. Mesmo assim, investi o salário num celular bom para gravar vídeos”, disse ela, à Quem.
Com 4,8 milhões de seguidores no Instagram e 13,3 milhões no TikTok, a artista disse que tinha medo de expor a situação de sua família.
“Virei influencer e as coisas melhoraram, mas não como hoje. Com as publicidades, eu ainda tinha que pagar a mensalidade da faculdade e colocar comida na mesa. Nunca era o suficiente. Tem dia que eu recebia, e outros em que não tinha nada. Eu tinha vergonha de expor isso na internet. As pessoas poderiam achar que eu estava me vitimizando. No começo, quando não tinha muitos seguidores, meu valor não era tão alto. Por trás do que as pessoas viam na internet, tinha eu gravando vídeo sem comer nada, com medo de pedir ajuda e as pessoas jogarem na cara. Só porque tenho muitos seguidores acham que sou rica. Me escondi esse tempo todo”, acrescentou ela.
Ver essa foto no Instagram
Com a renda mais estável por conta do sucesso na web, a Ruivinha explicou que nunca ficava com o dinheiro que ganhava só para ela:
“Tinha que escolher entre pagar minha faculdade e comer. Eram várias coisas para resolver para não desistir do sonho de ser influencer. Meu pai saiu do emprego, e ninguém em casa trabalhava. Contratei minha irmã para trabalhar comigo e minha assessora. O dinheiro nunca vinha 100% para mim. Eu ganhava de R$ 100 a R$ 300 por publi. Recebia geralmente semana sim, semana não. Dei minha vida para investir em algo que soube que daria certo no futuro”, ressaltou ela.
Com asma, a moradora de Urucará, no Amazonas, um dos estados que mais sofreram com a Covid-19, ela ainda precisou lidar com o ódio das pessoas na internet e a baixa autoestima.
“Eu não conseguia enxergar meus talentos. Ficava com medo de expor que eu cantava e desenhava e alguém botar defeito. Estava acostumada a ouvir críticas como ‘ela é feia, olha o corpo dela, magrela, sem peito e sem bunda, sem graça e canta mal’. Eu fui aceitando e tomando isso como verdade. Mas entendi que minha família precisava de mim, e eu tinha que usar o que eu tinha para dar o melhor a eles. E consegui! Com a fama, eu não sou mais insegura sobre minhas habilidades”, festejou.
Com os negócios indo bem, ela conseguiu dar emprego e realizar o sonho de outras pessoas:
“Nunca imaginei que um dia teria minha empresa e faria trabalhos representando marcas grandes. Hoje realizo o sonho da minha irmã, que era ter um bom emprego. Tenho o privilégio de tê-la como minha assessora pessoal e ter outra assessora que acreditou em mim desde quando eu não era nada na internet”, completou.