Rosalba Nable contou como está encarando o tratamento
Redação Publicado em 23/08/2024, às 10h26
Diagnosticada com um câncer de mama, Rosalba Nable, de 60 anos, mãe da atriz Isis Valverde, contou no Instagram não está conseguindo encarar o tratamento com otimismo.
Na rede social, a pedagoga, bacharel em Direito e escrivã aposentada disse que muita gente fala em “aprendizado” e que o diagnóstico é uma “oportunidade para ser melhor”, mas que, na prática, para ela, não funciona desta forma:
“Estou ouvindo muito sobre isso. Em como receber um diagnóstico duro de câncer deve ser olhado com otimismo, como aprendizado, como uma chance de ser melhor. Que se deve ter coragem e força. Que o psicológico é fundamental para a cura e para suportar todo o processo. Tudo isso funciona muito bem na teoria porque, na prática, é bem diferente”, começou ela.
No desabafo, Rosalba disse que “admira de verdade” as pessoas que conseguem passar pelo processo com um sorriso no rosto: “Admiro, de verdade, quem permanece sorrindo, agradecendo e emanando boas energias. Não sou essa pessoa”.
Ela acrescentou: “Aqui, pelo menos por enquanto, não terei frases motivacionais, nem aquele depoimento lindo de superação. Não mesmo. E não existem julgamentos aqui, prezo por isso. Cada um é um. Cada um tem o direito de sentir a sua dor do jeito que bem entender. No meu caso, não está dando para dizer que esse processo e todas as dores que o envolvem são suportáveis”, revelou.
“E como sou extremamente visceral, se eu desejasse não sentir essas emoções, eu estaria negando uma das verdades mais incontornáveis da minha vida: a dor existe e faz parte dela. Eu sempre odiei hospitais - ali me foram arrancadas das mãos as pessoas que mais amei. E agora estou tendo que aprender a viver isso. Tenho uma agenda médica desde 10/05/24. Desculpa, não dá para ficar sendo sorrisos. E não existe vitimismo aqui, repito. Apenas sigo, como uma marionete, de cortinas fechadas, porque a plateia não quer ver essa parte. E nem precisa”, continuou.
“Só digo que não foi minha culpa. Não é sua culpa. Não é culpa de ninguém. Meus exames provaram que meu câncer não foi genético. Portanto, não herdei isso de minha mãe. Nem de meu avô. Simplesmente era para ser assim. O primeiro passo que dei foi eliminar essa culpa. Foi cirúrgico”, revelou.
“Sigo caminhando. É a resposta que mais utilizo para várias perguntas carinhosas e cheias de amor que recebo diariamente. Gratidão por isso. O amor é mesmo um dos deuses mais lindos. Sempre fui de viver cada dia como uma vida, isso se reforçou agora. Existem dias bons e dias ruins, mas nada é para sempre. Nunca é. Isso me conforta. Acolhi a minha dor, mas não vou morar nela. Assim espero. Eu só sei que não tive e não estou tendo outra escolha a não ser seguir em frente. E se for também o seu caso, lembre-se: ‘Se você está atravessando o inferno, não pare’. Continue andando”, finalizou.
COLUNISTAS
Danni Cardillo
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