Pamella Holanda desabafa sobre DJ Ivis: "Tentou justificar o injustificável"

Após ter publicado diversos vídeos em que aparece sendo agredida pelo ex-marido, o DJ Ivis, Pamella Holanda fez um desabafo durante entrevista ao "Encontro com Fátima Bernardes", nesta terça-feira (13/07).

Pamella, que foi agredida pelo ex na frente da filha e de outras duas pessoas, disse que as câmeras foram instaladas depois que a filha nasceu, pela segurança de sua família: "Vejo as imagens e não acredito que é comigo". Ela ainda relatou que a primeira agressão aconteceu enquanto estava grávida: "Eu acreditava que o temperamento dele era aquele, acreditava que ele era assim". Pamella também afirmou não ter denunciado o caso por medo do DJ: 

"Eu tinha medo de ser afetada pelo fato de ele ser conhecido, de ter influência. A gente vive num país machista e somos criadas nessa cultura machista. Tinha medo pelo fato de ele ser homem e eu mulher. Pensei: 'eu tenho que provar que isso acontece, que ele faz isso comigo'. Porque se fosse só minha palavra contra a dele, eu ia viver tendo que provar", desabafou.

Ela também falou sobre as imagens em que aparece perto da filha, sentada no sofá: "A Mel tinha um mês e quinze dias, eu estava com Covid, isolada, e todos os médicos me aconselhavam a amamentar, isso foi em dezembro". Ela prosseguiu: "E aí saí do quarto para poder amamentar e ele não queria porque disse que eu ia passar Covid para a neném. É a minha mãe no vídeo e ela não esboça nenhuma reação por medo dele". Pamella também alegou que nunca contou para a sua mãe sobre as agressões:

"Ela soube presenciando, com o comportamente dele, sempre muito impaciente, intolerante. Ele não aceitava ser contrariado e ela já presenciou antes. Nas imagens ela só coloca a mão na cabeça e diz: 'vou acabar morrendo vendo isso'". No outro vídeo, o rapaz que aparece enquanto ela é agredida é um funcionário do DJ. Pamella ainda relembrou das agressões: "O primeiro vídeo, em que estou no sofá, ele estava saindo de casa. Saí do quarto para amamentar a Mel e ele vem com a camisa. Insisto em amamentar a neném. E ele puxa meu cabelo."

"O primeiro foi em dezembro, quando tive Covid. E o segundo, em que ele me bate em cima do sofá, foi em fevereiro". Ela diz que sempre teve medo do comportamento de Ivis: "Eu tinha medo dele e tenho até hoje. O medo também dificultou a denúncia. Tanto o medo quanto a questão da dependência financeira. Como eu ia sair daquele relacionamento? Eu não tinha nenhum tipo de reserva". Ela afirmou que os dois nunca haviam dado um fim da relação: "Porque é o ciclo do relacionamento abusivo, tóxico. Depois tem uma melhora, tem uma sensação de que vai ficar tudo bem e a gente acaba acreditando."

"Tem a questão de querer ter a família, de criar filho junto, tem tudo isso envolvido, são muitas coisas que pesam. Não era mais amor. Às vezes a mulher identifica, sabe o que é, mas tem que ter muita coragem, não só na decisão, mas nas consequências que isso vai implicar. Você vai ter que ter ainda mais força para segurar essa decisão. É um esforço sobrehumano". Pamella acrescentou: "Vi que era de propósito, entendi que ele fazia aquilo porque queria. Ele podia tentar de outra forma, mas ele decidia fazer aquilo. Não adiantava mais esforço nenhum meu em querer manter um casamento em que ele não fazia o mínimo, que é o respeito."

"Ele não se arrependia, não demonstrava que se arrependia. Não dizia: 'vou melhorar, vou tentar melhorar, vai ser diferente'. Ele não falava". No entanto, ela decidiu não comentar sobre as declarações do ex, que confirmou tê-la agredido, mas alegou sofrer ameaças:  "Não tenho que fazer réplica sobre o que ele fala. Ele tentou justificar o injustificável fazendo com que as pessoas não acreditassem em mim. Para ele era louca, desequilibrada... São falas típicas, não tenho que falar sobre", completou. 

Ainda nesta terça, ela mostrou mensagens nas redes sociais, enviadas pela amiga Regiara Farias 一 que acolheu a influenciadora após ela mostrar as agressões que vinha sofrendo do ex, nas redes sociais.