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Mary Sheyla relembra parto prematuro após diagnóstico de Covid: "Vivi um milagre"

Atriz conta que sua gravidez foi tranquila e que seguiu todas as recomendações

Mary precisou induzir parto apenas na 36ª semana de gestação - Reprodução/Instagram
Mary precisou induzir parto apenas na 36ª semana de gestação - Reprodução/Instagram

Redação Publicado em 26/05/2021, às 07h24

A atriz Mary Sheyla, 41, relembrou o susto de sua reta final da gestação, em conversa com a revista Quem, ao precisar induzir o parto de Maria Luysa após contrair Covid-19.

Casada com Aldemir Silva e mãe de Esther (11), Mary estava ainda na 36ª semana de gestação, quando começou a sentir sintomas alérgicos no meio deste mês. O nascimento de Maria estava previsto apenas para junho: "Um dia acordei de madrugada com muita falta de ar e pensei que fosse crise de bronquite. Fui à minha alergista e comecei a tratar o problema. Minha saturação estava boa, eu estava sem febre e sem os sintomas clássicos de Covid."

Ela prosseguiu: "Mas avisei ao meu obstetra, especializado em gravidez de risco, Dr. Wolney Magalhães, e ele me disse: 'vai agora para a maternidade'". A atriz disse ainda que sua gestação foi tranquila e que seguiu todas as recomendações para que se protegesse durante a pandemia: "Nem pensei que poderia estar com a Covid porque minha gravidez foi tão tranquila e estava me cuidando tanto". Ela seguiu a ordem do obstetra e foi à maternidade imediatamente: 

"Chegando na Perinatal de Laranjeiras, fiz uma bateria de exames. Não apareceu que eu estava infectada, só apareceu na ressonância magnética. Eu estava com 50% de comprometimento pulmonar. Foi emocionante. Me colocaram no suporte de oxigênio e meu obstetra falou: 'vamos ter que induzir o parto'. Quase infartei. Mas ele explicou que se não fizesse o parto seria muito risco para mim e para a bebê". Por conta do tempo que ainda faltava para o nascimento da filha, Mary revela que não conseguia pensar direito:

"Estava com 36 semanas de gestação e meu obstetra disse que a bebê estava ótima. Não tive tempo de absorver nada. Nem levei roupa para neném e para mim. Eu não sabia que eu estava tão grave. Foi coisa de cinema,  um dramalhão. Passei na maca - a caminho do parto, que acabou sendo cesárea - sendo observada pela minha mãe e pela minha filha, que estavam muito nervosas. A minha mãe achou que fosse me perder". Pesando 3,4 kg e medindo 49 cm, Maria nasceu saudável e ficou bem, sem qualquer problemas: "Eu que fui para o CTI na Perinatal Laranjeiras, que é de grávida de alto risco, e ela foi para a Perinatal da Barra. Depois do nascimento, não a vi mais."

"Quando ela nasceu só pude fazer um carinho rápido na cabeça e tiraram ela de perto de mim. A Covid é uma doença terrível porque discrimina, afasta. Eu estava tomando todas as precauções necessárias para me proteger. Mas a doença é uma bomba relógio". A atriz e a filha tiveram alta quatro dias após o parto e Mary seguiu com o tratamento da Covid em casa, com isolamento de 14 dias e observação. Ela ainda não pôde amamentar Maria durante os primeiros dias de vida da filha:

"Foi feito o melhor e deram mamadeira para ela. Agora estou passando um sufoco para fazer a transição da mamadeira para o peito. Foi muito preocupante porque o leite não desceu, só desceu quando cheguei em casa. Eu já estava desesperada". Por conta da doença, ela ainda irá precisar fazer fisioterapia respiratória para melhorar a capacidade pulmonar: "Estou tendo que reaprender a respirar, às vezes o ar falta. A Covid mexe muito com a cabeça e dá medo. Os médicos me falaram: 'Mary, uma vez dispensada do oxigênio, você não vai precisar dele'. E me vi em casa nesse desespero. É você e a sua cabeça. Não tem remédio."

"Não perdi o paladar e o olfato, só perdi a vontade de comer. Engordei 9 quilos ao todo na gravidez e já voltei ao meu peso original. Vi a mão de Deus, vivi um milagre. Não consigo abrir minha boca para reclamar de nada. É tão bom estar com a minha filha, ela está aqui mamando agora. Ela nasceu pela primeira vez e eu nasci de novo. Minha vida nunca mais será a mesma". Ela ainda considera sua filha parecida com ela: "Não estou bonita, nem fiz fotos com a neném ainda, mas vou melhorar. Estou feliz. Minha filha mais velha insistiu por 11 anos para eu dar uma irmã para ela. Agora ela aqui está brincando de boneca", completou.