Marisa Orth cita posicionamentos políticos e afirma: "As pessoas estão se mostrando"

Marisa Orth, que está no ar no Multishow e prepara peça teatral, falou sobre novos papéis na TV, e citou posicionamentos políticos, afirmando que antes era "tudo muito velado". 

Entrando no ar no Multishow no programa humorístico Central de Bicos, com Babu Santana e Paulinho Gogó, ela conta: "Finalizamos há um mês. Foi uma loucura, cinco programas por semana para aproveitar que estávamos todos nos cuidando. Confinados. Conseguimos fazer dois meses de trabalho e ninguém se contaminou: da faxineira ao operador de câmera."

"Foi bacana. E é uma personagem hilária! Ela é raivosa. Eu propus e eles aceitaram. Ela é uma hater de artistas, desse povo que mama na teta. Ela é muito invejosa, uma maravilha", disse.

A artista ainda conta que fica surpreendida com ofensas na internet e ataques a quem defende a arte do Brasil. "Como eu fui chegando à maturidade com a abertura da ditadura, pensei que nunca mais iam pensar em atacar artistas. Perdemos o Paulo José, que é um dos ídolos da minha vida. Que homem admirável, maravilhoso, sensível. Quero mais Paulos Josés. Tarcísio Meira eu não imaginava que fosse partir agora. Ele era tão forte."

"Um super-homem. O curioso é pensar que agora está tudo mais claro, quem pensa o quê. No nosso país, era tudo muito velado. Agora as pessoas estão se mostrando e algumas finalmente entendendo o que é política", completou. Além do Multishow, a atriz também estará na próxima novela das 18h, Além da Ilusão:

"Ela é uma vedete chamada Margot. Imagina, que chique! Uma vedete chamada Margot. Para mim as pessoas já estavam escaladas, achei que as mulheres da minha geração já estavam todas dentro. E aí me veio o convite. Minha personagem entra um pouco mais tarde. Estou feliz."

Marisa também afirmou que teve medo da escassez de oportunidades para poder atuar: "Que medo que eu estava de nunca mais trabalhar! A Disney fechou, o Cirque du Soleil fechou. Agora as coisas estão abrindo. Tomara que tudo isso passe logo e a gente consiga fazer as coisas com saúde".