Atriz também falou sobre se sentir solitária ao comentar sobre estado civil
Redação Publicado em 04/05/2021, às 08h25
A atriz Maitê Proença falou sobre superar seus traumas, como se sente ao estar solteira e sobre ter se tornado avó durante pandemia da Covid-19, em conversa com a revista Quem.
Recentemente solteira, a atriz brincou nas redes sociais que estava procurando um homem que soubesse velejar: "Nenhum dos candidatos sabia velejar. Me sinto solitária mas vou dando meu jeito. Busco os ensinamentos dos sábios, tento praticar o que eles ensinam, respiro, me movimento, faço exercícios, ioga, alongamento, me alimento com sensatez. Tento me entender com quem quero bem, fujo da discórdia, antes eu gostava, leio, danço, canto mesmo sem saber a letra."
"E quando mesmo assim tudo vai mal, penso, ‘E daí?’. Uma hora passa". Maitê ainda mencionou seu espetáculo, a peça autoral 'O Pior de Mim', com direção de Rodrigo Portella. Questionada sobre os desafios de produzir um espetáculo na pandemia, ela afirma: "O mais difícil foi ensaiar pelo computador com um diretor que estava no interior de Alagoas, com uma internet capenga, e eu da sala da minha casa com um texto inédito que seria apresentado no palco de um teatro vazio. Mas a plateia sem ninguém foi complicado. Houve um período em que autorizaram com público reduzido, e aquilo mudou completamente o espetáculo, de um dia pro outro."
"A presença do público, realmente é fundamental", disse. Ela aproveitou para contar como fala sobre a sua vida durante a peça: "Na peça passo por esses acontecimentos pra explicar as emoções, as dores e armadilhas que os traumas constroem pelo caminho. E de como a gente passa a vida se defendendo com escudos, como a gente se recusa a olhar, como se rodeia de desculpas e adoece por isso. Falo de mim pra falar de todos nós, porque nos mecanismos de defesa, somos todos muito parecidos. E mostro como foi transformador na hora em que consegui, finalmente, depois de décadas, fazer diferente."
"Como a vida ficou mais verdadeira, e por isso, mais leve". Maitê virou avó durante a pandemia e falou como foi a experiência do nascimento de um neto: "Fiquei preocupada na gravidez, mas confiei nas escolhas que Maria e seu marido fizeram. Felizmente, Manuela e Maria atravessaram o parto com saúde e se mantêm assim. Mas estamos todos muito isolados em função disso tudo também. É uma imposição dos tempos, não há o que fazer". Mesmo com o nascimento de uma pessoa, a pandemia tem levado diversas pessoas que são queridas, além de diversas famílias perdendo seus entes. Ao ser questionada sobre ter medo, ela pondera:
"Fico indignada porque não precisaria ser assim. Estamos no país mais mal administrado do mundo, com o volante na mão de um homem doente, insensível e maldoso. Não tenho medo da morte, mas sinto horror em ver tanta gente sofrendo com o descaso", disse. Ela afirma ter entendido que quem tem o privilégio de ter uma casa, comida e saúde precisa correr atrás da alegria: "Todo mundo já está suficientemente atolado nessa desgraça comum da Covid, não precisa ser lembrado a toda hora."
"Deixemos isso para os noticiários e vamos tentar espalhar bem-estar. É difícil, mas com treino, é possível. Parece romântico, mas não é! A alegria também contamina", completou.
COLUNISTAS
Eduardo Graboski
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