Rosalba Nable fez reflexão sobre “cobranças” da sociedade
Redação Publicado em 27/06/2023, às 11h23
Mãe de atriz Isis Valverde, a pedagoga Rosalba Nable, de 57 anos, usou o Instagram para falar sobre as “cobranças” em torno de relacionamentos, maternidade e envelhecimento que a sociedade costuma impor nas mulheres.
A reflexão foi compartilhada pouco tempo após a bacharel em direito terminar o namoro Bruno Shina, que é 24 anos mais novo:
“Nós, mulheres, temos de ter pressa, muita pressa. Temos de arranjar um namorado. Noivar e casar. Ter filhos. Só um? E manter os relacionamentos, lógico. A qualquer preço. Sem isso, apesar de todos os esforços, o público ainda não estaria satisfeito”, começou ela.
Rosalba acrescentou: “O tempo todo precisando provar, validar, mostrar. E depois de tantas lutas, pronta para ser só feliz, você, mulher, se depara com uma cobrança: não se pode envelhecer. Os anos têm, obrigatoriamente, de te transformar em outra pessoa. Tudo é ridículo depois que você entardece”, continuou.
“A opinião alheia, então, detém o poder de escolher quem você deve ser. Você deve abandonar suas versões antigas, aliás, você nem pode mais ser você.
Desenham a nossa vida como um final de viagem, sem termos chegado ao fim. Suas qualidades e encantos desaparecem”, disse ela.
Rosalba ressaltou que parte do preconceito e das cobranças parte das próprias mulheres:
“Você deixa de ser interessante e passa a ser um número de aniversários feitos. Quanto preconceito, principalmente das próprias mulheres. Pasmem.
Até os elogios, são um insulto. E você percebe que se for ouvir tanto absurdo, você começa a acreditar que já não pode sonhar, nem amar, nem se permitir”, ponderou.
“Pois eu, diferente, como sempre fui, entendo que God, ao permitir que os anos passem, nos dá uma segunda chance. Envelhecer é exercitar Deuses; exercitar teclas de alto e baixo e é de dar frio na barriga essa montanha russa de possibilidades. Envelhecer é perceber que nossas almas se reencontraram. Melhor que isso, entendo que nos é dada a oportunidade de sentir ainda mais. Que futuro lindo esse de plena e total liberdade. Já exigiram tudo e já obedecemos tudo. Uma vida inteira”, prosseguiu.
“Agora temos o direito de fazer o que queremos e estar com quem queremos. Temos o direito de ir onde quisermos e o direito de não querer ir. Temos o direito de permanecer, mas somente enquanto for da nossa vontade. É preciso, então, aquietar os nossos apressados ponteiros. Com esforço, parar as horas do relógio que colocaram pendurado em nosso pescoço, nesse tic tac, tic tac, enlouquecedor. Apressar-se, enfim, só em SER uma amazona de suor e lágrimas, uma Alice do país das maravilhas. Livre. Plena. Com a idade e a beleza que você quiser”, finalizou.
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