FAMOSOS

Luiza Possi diz que gravidez ajudou no luto após morte do pai por Covid: "Me tirou do fundo do poço"

Cantora celebrou alívio após ter tomado a vacina contra a doença

Luiza revelou um misto de emoções ao tomar a vacina - Reprodução/Instagram
Luiza revelou um misto de emoções ao tomar a vacina - Reprodução/Instagram

Redação Publicado em 26/05/2021, às 08h28 - Atualizado às 08h28

A cantora Luiza Possi celebrou sua imunização contra a Covid-19 recentemente e falou, em conversa com a revista Marie Claire, sobre sua gravidez ter ajudado no luto após a morte de seu pai por conta da doença. 

Grávida do segundo filho, de seu relacionamento com Cris Gomes, Luiza afirma que a vacina foi um alívio e um misto de emoções para ela: "Assim que fui informada que poderia me imunizar, peguei o meu atestado de asma e fui correndo. A falta das vacinas é algo que me consome muito e me deixa extremamente triste e desesperançosa. Mas fiquei muito feliz, sou 100% pró-vacina, vacino o meu filho e vai ser assim sempre. Ao mesmo tempo, ainda estou preocupada."

Ela prosseguiu; "O meu marido não está vacinado, e isso me dá muito medo. Enquanto as pessoas que a gente ama não estão vacinadas, a sensação é um pouco triste. Se eu perder meu marido, eu faço o que da vida?". Anunciando sua gravidez no último mês, a mãe de Lucca, de 1 ano e 11 meses, diz que a notícia foi uma surpresa: "Era uma coisa que eu e meu marido queríamos, mas não tínhamos a menor ideia de que já estava acontecendo. Foi um susto muito bom. Eu tinha acabado de perder o meu pai para a covid-19. A gravidez foi um sopro de esperança e de vida no meio daquela coisa triste que estava acontecendo".

O pai da cantora, o produtor musical Liber Gadelha morreu aos 64 anos, em janeiro, após ficar dois meses internado: "Ao mesmo tempo, foi confusa essa sensação do misto da alegria com a tristeza do luto, mas foi o que me tirou do fundo do poço". Agora esperando o segundo filho, ela garante que está sentindo uma confiança diferente na atual gestação: "Agora eu já sei o caminho. A minha obstetra é a mesma, o hospital será o mesmo, o anestesista é o mesmo. À espera do Lucca eu passei por quatro obstetras até encontrar a minha no meio da gestação, fora a insegurança."

"Quando me deram alta da maternidade, após o nascimento do Lucca, a última coisa que eu queria era ter alta, porque você pensa: 'Como é que vou cuidar desse bebê? O que eu vou fazer? Está tão bom aqui no hospital, todo mundo cuida de mim, do meu filho'. Então você volta muito bagunçada pra casa. Senti que eu tinha explodido feito o big bang e os meus pedaços estavam na atmosfera, não sabia onde, como, quando. E isso é um grande desafio: retomar quem você é". Luiza disse que se reencontro como mulher e mãe, além de se ver encarando a maternidade de maneira mais desencanada:

"Na gravidez do Lucca, senti falta de conversar desencanadamente com as pessoas, e não com elas lendo livros e me contando exatamente o que eu tinha que fazer. Nós nos cobramos demais, porque as pessoas em volta falam que fazem tudo da maneira mais perfeita. Isso dá a sensação de que somos a pior mãe o tempo inteiro". A cantora fala sobre seu canal no Youtube, 'Ô, manhê', que usa para desmistificar o universo da maternidade, usando o bom humor:

"Eu quis também desmistificar um pouco essa maternidade perfeita, então o “Ô, Manhê” tem um quadro que chama “Cagadas Maternais”, onde cada mãe fica contando uma cagada que fez. Nós não trocamos muito as experiências ruins e que não deram certo. Normalmente só contamos as coisas boas, às vezes querendo até ser melhor do que outras mães. Então a ideia é humanizar todas e acolher", completou.