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"Já fiz muitos sacrifícios, abri mão de muita coisa por causa de casamento", diz Letícia Sabatella

Letícia Sabatella falou sobre seus relacionamentos passados em entrevista neste domingo (10/10)

Letícia Sabatella refletiu sobre seus relacionamentos passados - Foto: Reprodução / Instagram
Letícia Sabatella refletiu sobre seus relacionamentos passados - Foto: Reprodução / Instagram

Redação Publicado em 10/10/2021, às 10h53

Letícia Sabatella falou sobre o seu passado em uma longa entrevista para o "Extra" deste domingo (10/10), e recordou os seus relacionamentos passados. 

"Eu nunca conheci alguma mulher que não tivesse levado porrada", disse a atriz, parafraseando o primeiro verso do “Poema em linha reta”, de Fernando Pessoa. Ela contou que, aos 12 anos, um motorista parou o carro ao seu lado e perguntou o nome da rua enquanto mostrava a genitália.

Durante sua vida adulta, Sabatella disse ter enfrentado episódios onde se sentiu enganada por homens, inclusive durante seu casamento.

"Já fiz muitos sacrifícios, abri mão de muita coisa por causa de casamento, o que não foi saudável. Quando eu me libertei, parecia que estava libertando gerações junto. Fico preocupada de as futuras gerações andarem dez casas para trás. Teve muita mulher em manicômio, presídio e fogueira, muita tristeza por conta desse patriarcado que nos fez vítimas", relatou a artista, que atualmente namora o ator Daniel Dantas.

Três décadas de carreira

Atualmente em "Nos Tempos do Imperador" (Globo), Letícia Sabatella já tem três décadas de carreira e se notabilizou por não fazer parte do intenso mundo das celebridades. Sempre reservada, a atriz dedica-se ao ativismo quando não esta trabalhando.

"Desde sempre, eu só pensava em escolher uma profissão que me deixasse a serviço da sociedade. Nunca foi só visando ao sucesso, aos ganhos pessoais. E o Rio foi uma janela que se abriu para mim, aos 20 anos. Fiquei encantada com as belezas da cidade, ao mesmo tempo em que os contrastes sociais gritavam", recordou.

Ela detalhou: "Isso sempre foi preocupante. Em 1991, o panorama era mais ou menos o de agora: mais de 30 desabrigados dividindo uma calçada, crianças com os pés no chão vendendo balas... Quando estourei em 'O Dono do Mundo', sentia vergonha. Pensava: 'Eu não sou nada, preciso ter algo a oferecer'. A primeira coisa que fiz foi procurar um projeto social para me envolver".

Foi nessa época que ela começou a ter contato com os projetos sociais do sociólogo Herbert de Sousa, o Betinho. "Lá atrás, apostaram em mim como atriz, e eu sinto necessidade até hoje de me doar, em contrapartida, por uma sociedade mais justa. Se no início as pessoas se aproximavam por idolatria, hoje conhecem a minha história, o meu envolvimento com as causas sociais. Isso faz parte da minha alma".