Giulia Costa comentou sobre os padrões estéticos atuais e as comparações com a mãe
Redação Publicado em 21/09/2022, às 08h51 - Atualizado às 09h02
Giulia Costa fez recentemente um desabafo sobre as pressões estéticas que sofreu ao longo da vida, e muita gente se identificou com o relato. A atriz de 22 anos, filha de Flávia Alessandra, comentou sobre as suas inseguranças.
“Quando eu falo das minhas inseguranças, muita gente vem me criticar, falando que eu tenho o corpo padrão e que por isso não posso reclamar ou vou gerar mais gatilhos em outras pessoas. Mas este corpo padrão é inalcançável. Talvez para algumas pessoas eu esteja no corpo padrão, mas para outras e para mim e não estou. Esse é o grande problema", disse ela para a 'Quem' nesta quarta-feira (21/09).
Ela prosseguiu: "Eu fiquei impressionada com a quantidade de pessoas que se identificaram com o que eu disse. As pessoas diziam: ‘Eu concordo, os tamanhos das roupas estão diminuindo. É muito difícil’. Não tenho problema algum em vestir um 44 e 46, mas se eu estou vestindo isso, quem era para vestir esse número está vestindo o quê? Essa cultura de 2000, de cintura baixa, sempre vai ratificar mais essa magreza extrema que existia nos anos 2000".
"Eu achava que a gente estava abandonando isso para chegar a esse movimento do corpo livre, que a gente tanto defende na geração, mas tenho a impressão que a gente está regredindo cada vez mais com essa magreza extrema”, frisou ela em seguida.
Giulia ponderou que a busca incessante por um "corpo perfeito" pode causar prejuízos. “Não vejo um problema na magreza quado você nasce com ela. Cada um tem o seu corpo. Isso que faz o ser humano ser individual. Seria muito chato se todo mundo fosse igual. Mas essa busca pela magreza inalcançável gera distúrbios de ansiedade e de imagem”.
Ela disse também que procura conversar sobre o assunto com sua mãe e a irmã caçula, Olívia, de 11 anos. “Minha mãe fala que aprende muito comigo e essa nova geração. Que às vezes para ela é difícil absorver porque é outro pensamento. Ela quando era criança e adolescente sofreu muita pressão para ter um corpo perfeito e até hoje deve sofrer. Minha mãe é um ícone de beleza. Isso deve gerar uma pressão ainda maior”, relatou.
“Sempre tento conversar com a minha irmã. Talvez eu seja até um pouco exagerada porque meu maior medo é que ela cresça com essa pressão e todos esses distúrbios de imagem que eu cresci. Eu nem cresci na rede social, ela veio depois. Mas a minha irmã já nasceu com ela. Por mais que tenha um lado bom, isso é muito preocupante, principalmente em relação a essa ditadura da mulher”, comentou em seguida.
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