Franklin David revela que durante a transição na carreira algumas pessoas tentaram prejudicá-lo
Redação Publicado em 14/03/2022, às 07h30
Franklin David não tem medo de mudanças. Não à toa ele decidiu trocar quase 10 anos trabalhando como repórter e apresentador de atrações de entretenimento por novos ares. Em breve, ele estreia, ao lado do seu namorado, Vitor Vianna, o comando do programa "Aventureiros" no Travel Box Brazil. A decisão não foi fácil.
"Eu tive que me adaptar de forma dolorosa com a partida da minha mãe, avó e pai (meu avô, que era minha figura paterna) em apenas três anos. E acho que sofrer essas mudanças de não os ter mais na minha vida, foi o pior que poderia acontecer. Depois disso você entende que a vida é um processo de chegadas e partidas em tudo: é com seus familiares, amigos, trabalho, nada é eterno. Então a mudança é inevitável de um jeito ou de outro. No caso da minha carreira, essa mudança do entretenimento para as viagens já era algo que eu queria há muito tempo, mas por falta de coragem, por ego e até um certo comodismo, deixei passar e estava sendo infeliz profissionalmente. Foi depois de perder as pessoas que eu amava, que eu entendi que eu não podia mais continuar infeliz em campo nenhum da minha vida. Então posso dizer que a dor do luto me ensinou a não ter medo de mudanças e a querer viver tudo que eu tenho vontade. Eu tive que viver o caos para encontrar a minha liberdade", recorda.
Franklin conta que durante essa transição levou muitos nãos. Ele também disse que foi vítima de pessoas que tentaram o prejudicar na carreira.
"Acho que todo mundo tem que se adaptar com os “nãos da vida”. O sim nem sempre é positivo. Em muitos momentos da minha vida eu entendi o efeito do não, de forma que eu desse muito mais valor às minhas conquistas e pudesse entender que para tudo tem seu tempo. Nessa transição de carreira eu levei alguns nãos, mas por ter sido vítima de pessoas maldosas, descobri que estavam tentando me prejudicar em projetos em outras emissoras de TV. O fato é que essas pessoas só conseguiram me ajudar, porque hoje vejo que se eu tivesse entrado nesses projetos, teria dado um tiro no meu próprio pé. E quando eu tomei a decisão de pedir demissão e sair da apresentação do programa de entretenimento para ir apresentar um programa de viagens, as pessoas vieram me dizer que eu estava enlouquecendo. Afinal, era um programa diário, ao vivo e com um horário disputadíssimo na TV. Quem abre mão disso? Eu. Eu que estava exausto de me sacrificar apenas para alimentar as expectativas das outras pessoas em relação a mim. Foi um recomeço e eu me sinto muito feliz de em breve poder voltar à TV com o programa Aventureiros no Travel Box Brazil, que é um canal fechado e segmentado em viagens, tudo da forma como eu sempre quis", disse.
Resiliência é algo que o apresentador aprendeu a ter. Quando saiu do interior da Bahia para morar em São Paulo, ele passou por muitos perrengues.
"Planejar e começar uma vida em São Paulo com apenas 600 reais na carteira foi uma das coisas mais ousadas que já fiz. Passei muitos perrengues, sofri preconceito por ser nordestino, mas os meus sonhos eram maiores. Além de ser a minha realização como pessoa concretizando os meus sonhos, era também uma maneira de fazer com que minha mãe, que me criou sozinha sem a presença do meu pai biológico, tivesse orgulho de mim. Antes da minha mãe falecer ela me disse, incansavelmente, que sentia orgulho do homem que eu havia me tornado, então isso fez valer a pena cada perrengue, cada dificuldade que eu enfrentei", comenta.
Além de ter mudado os rumos da carreira, o apresentador também mudou de cidade. Ele, que morava em São Paulo, agora mora no Rio de Janeiro.
"Eu entrei naquela fase de muitas mudanças e após me desligar da minha antiga emissora, eu me vi livre para experimentar um outro lugar para morar. E essa fase coincidiu com o momento em que comecei a colocar em prática o projeto do programa de viagens e em que conheci o Vitor, meu namorado, que é natural do Rio de Janeiro. Além de sofrer uma forte influência dele (risos), eu encontrei uma qualidade de vida no Rio, que eu nunca tive em São Paulo por conta do trânsito. Lá também tem trânsito, mas moro próximo à praia, numa região de mata e que, ao mesmo tempo, tem fácil acesso ao comércio, a tudo que eu preciso nessa parte. Já profissionalmente falando, eu e Vitor, além de dividirmos a apresentação do Programa Aventureiros, também somos sócios em uma agência de viagens com o mesmo nome do programa, onde trabalhamos home office ou viajando mundo afora. Eu continuo amando SP, mas agora vou apenas quando tenho compromissos de trabalho e aproveito para desfrutar dos locais que amo lá", finaliza.
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