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Fernanda Lima relembra luto e morte do pai, vítima de coronavírus: "Chorava um choro primitivo"

Apresentadora disse que a conexão com a natureza foi fundamental

Cleomar Lima morreu aos 84 anos no dia 18 de julho por complicações da Covid-19 - Reprodução/Instagram
Cleomar Lima morreu aos 84 anos no dia 18 de julho por complicações da Covid-19 - Reprodução/Instagram

Redação Publicado em 22/12/2020, às 08h52

A apresentadora Fernanda Lima contou, em uma live com a Astrid Fontenelle, como que enfrentou o luto diante da morte do pai, Cleomar Lima, que sofreu complicações da Covid-19 em julho, aos 84 anos.

"No dia 18 de março, quando começou a história de se recolher, a gente pegou o carro de São Paulo e foi para o Rio. Ficamos lá quatro meses direto sem sair, somente nós. Óbvio que minha relação com a família já é muito grudada. Estamos sempre juntos. Mas a minha relação com a natureza, de uma maneira geral, foi muito, muito intensa. Todo mundo sabe que perdi meu pai. Foi um processo bastante doloroso".

Fernanda continuou: "Durante esses quatro meses, durante toda essa tortura que a gente passou, andava todo dia no meio do mato sozinha e gritava, de verdade. Eu berrava. Para todos os recursos que eu pudesse ter. E também para ele. E eu chorava, mas eu chorava um choro primitivo. Aquele choro que você só consegue chorar sozinha. Óbvio que o Rodrigo Hilbert me deu muito colo. Minha família foi muito importante". 

"Mas você chora e uma hora tu para. Porque tipo: "Ah, não vou ficar aqui chorando na frente de todo mundo". Dava uma vergonha chorar. Foi muito importante para mim essa coisa de estar perto da natureza, porque na natureza eu me libertei, libertei minha dor, libertei meu grito visceral". 

A apresentadora é mãe dos gêmeos João e Francisco, de 12 anos e também de Maria, de 1. Ela diz que vê sua relação com a filha como um de seus pilares de 2020: "Maria foi um presente para mim. É a minha menina, minha companheira. Eu engravidei, sei lá, com 41 anos. Foi uma gravidez um pouco mais tarde. Eu estou para ela o tempo todo. E tem sido gratificante estar com ela, tê-la. Ela não me deixa dormir".

Fernanda acrescentou: "Passamos a noite inteira acordadas. Ela mama três vezes à noite. E eu acordo assim, com este sorriso. Ela acorda, digamos, à 1h, às 4h e às 7h. Então, a cada acordada, dou a mamada e fico ali olhando para ela. É lindo. É fogo também porque fico cansada. Mas tem sido muito legal e importante para mim. Ela está me preenchendo de amor. Não só a mim, mas a todo mundo aqui em casa".

Durante a quarentena, Fernanda disse que aprendeu a tricotar com a sogra e ainda se dedicou à fotografia: "Foi uma temporada em que eu fotografei muito os meus filhos, principalmente o encontro dos guris com a Maria, são memórias, imagens que eu nunca vou me esquecer". 

Confira a entrevista na íntegra: