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Daniel Ávila, Dudu de 'A Viagem', comenta sobre repercussão da novela e da filha, Flor

Daniel falou sobre os memes do personagem e das mensagens que recebe

Sua filha de 10 anos, Flor, é comparada com Daniel constantemente - Reprodução/Instagram
Sua filha de 10 anos, Flor, é comparada com Daniel constantemente - Reprodução/Instagram

Redação Publicado em 08/02/2021, às 07h34

Conhecido por interpretar Dudu na reprise de 'A Viagem' no Canal Viva, o ator Daniel Ávila comentou sobre a repercussão da novela, seu personagem e sua filha de 10 anos, Flor, em conversa com a colunista Patrícia Kogut

"Tomei um susto. Não fiz trabalho na TV nesta era de streaming e Instagram. É uma loucura. Já tem meme do Dudu. Aparece muita gente seguindo e mandando mensagem", comentou Daniel sobre o sucesso da novela, que chegou no topo do ranking de audiência da TV paga. "'A Viagem' foi uma experiência maravilhosa. Rolou uma energia muito especial. Eu tinha 9 anos e era muito parecido com o Dudu, então, era praticamente só sair entrando em cena. E eu fiz isso".

"Um garoto bem curioso e feliz, cheio de vontade da vida, uma criança bacana e bem verdadeira. E fui muito bem orientado pelo veteranos. O Claudio Cavalcanti cuidava muito de mim, dizia para não me darem cristal para chorar e me ensinava como fazer para atingir a emoção numa cena mais complexa". 

O ator também comentou sobre sua filha ser constantemente comparada com Dudu: "Deve ser legal e chato parecer com o pai e ser notada, mas também muita gente perguntando sempre a mesma coisa. Ela é a cara dele e é menina. Isso reforça como o Dudu era um personagem que tinha uma sexualidade meio livre, representava tanto as meninas quanto os meninos". Flor, que mora com a mãe em São Paulo, fico com o pai durante quatro meses na pandemia da Covid-19.

"Fiquei com meus pais morando na roça. É um lugar bem simples, com uma terrinha para plantar. Dá para tomar um banho de cachoeira, comer bem e ficar em família. Quando começou, ela estava no Rio. Eu ainda tinha trabalho e mandei a Flor ir na frente com eles. Depois vim. Liguei para a mãe e nos acertamos. Ela ficou quatro meses comigo aqui na roça. Depois ela voltou para São Paulo, mas já nos vimos de novo. Com 10 anos ela já diz: "Deixa eu ver se quero te encontrar neste fim de semana ou no outro". Eu amo ser pai. Foi um barato ter tido filha quando novo. Ajudou muito na minha vida, mudou muito os meus porquês". 

Daniel, que estreou na TV nos anos 90 em 'A História de Ana Raio e Zé Trvoão', afirma que começou a se questionar sobre a carreira em torno dos 20 anos: "Tinha 6 anos quando comecei na TV. Estudei cinema, conheci grandes artistas, vivi um tempo nessa vida, fui para Cuba fazer mestrado. Apesar de ser muito novo, quando penso da minha trajetória, a quantidade de coisa que vem na minha cabeça é enorme. Quando você emenda novelas, entra meio que num piloto automático e não pensa muito".

"Tinha uns 20 anos e me deu um vontade de viajar. Viajei pelo mundo e conheci muitos lugares. Voltei numa crise com a carreira e veio na cabeça a resposta: você precisa de um mestre. A palavra foi bem essa. Tinha estado na Tailândia e estava sob influência dessa questão". O ator comentou que enctrou seu mestre em Amir Haddad, um diretor do grupo de teatro 'Tá na Rua,' que é conhecido por levar apresentações a locais públicos, como a Lapa, no Rio de Janeiro e no qual Daniel faz parte há 13 anos.

"Somos artistas de espaços abertos, mas também já trabalhamos nos estúdios da Record, fizemos espetáculos internos para empresas. Agora, na pandemia, fizemos leituras on-line", disse ele. Daniel também se decida a outras atividades, origens de sua renda, enquanto dedica grande parte do seu tempo ao grupo: "O Tá na Rua não é o meu trabalho oficial, não tenho salário. Eu dublo, faço evento, edito, tiro foto, dou aulas. Sou autônomo e está dando para viver, sempre deu. Sustento essa minha utopia. Se não tiver que ganhar dinheiro estou lá".