Atriz contou que evita subir na balança até hoje
Redação Publicado em 23/07/2020, às 06h32
Às vésperas de completar 55 anos, Claudia Lira revelou que enfrentou um grave transtorno alimentar e de imagem há alguns anos.
Ao jornal Extra, a atriz explicou que passava até dois dias sem comer em algumas ocasiões, e que teve épocas em que ingeria quantidades excessivas de comida.
“Nunca fui gorda ou tive que fazer grandes sacrifícios para manter meu peso. Mas sentia que se tivesse um trabalho na segunda-feira, por exemplo, eu passava dois dias sem comer. Só para estar muito bem. O que é uma loucura”, ponderou.
“Nunca me exigiram ou me mandaram emagrecer. Mas essa autocobrança me exigia muito. Principalmente, porque durante muito tempo eu era chamada para fazer papéis mais sensuais, de gostosona. E eu louca para viver uma nordestina pobre, sem vaidade”, continou a paraibana.
À publicação, Claudia explicou que, quando era mais nova, as pessoas diziam que ela comia demais, e que hoje prefere manter distância da balança.
“Quando eu era nova, as pessoas perguntavam para onde ia tanta comida. Porque eu batia três pratos de feijoada, por exemplo, e não engordava. E eu gosto mesmo de comer”, explicou. “Não uso balança. Vejo meu manequim pelas roupas. Sou 38. Quando pula para o 40, eu já ligo o alerta”, revelou.
Longe da TV há dois anos, quando fez Glorinha Tibiriça na novela Segundo Sol, da TV Globo, Claudia foi uma das artistas escolhidas para um documentário sobre compulsão [alimentar, no caso] que estreará em agosto no Discovery Channel.
“Quando você começa a responder sim a um questionário com dezenas de perguntas que te levam a esse resultado, é meio chocante. E aí percebe que uma enorme parte da população do mundo tem, já teve ou vai ter episódios compulsivos”, ressaltou.
Segundo Claudia, falar sobre o assunto é uma maneira de contribuir para que outras pessoas identifiquem o problema.
“Vejo a geração da minha filha completamente infeliz em busca de uma perfeição que só existe com o uso de filtros nas redes sociais. A incentivo a ser saudável. Cortamos juntas o açúcar e o pão. Mas nada exagerado. Porque isso não faz bem. Já estive tão magra a ponto de as pessoas acharem que eu estava seca demais e eu não me via assim. Essa distorção está na nossa cabeça e pode ter muita gente por aí com a mesma coisa sem se dar conta. Antigamente, ninguém tocava nesses assuntos. Hoje, temos obrigação de falar”, completou.
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