Atriz e modelo também falou sobre assédio e pressão estética
Redação Publicado em 20/01/2021, às 06h08
Carol Sertório, a Carol Narizinho, que ficou conhecida do público em 2012 após entrar para o time de assistentes do programa Pânico, contou que o uso de anabolizantes trouxe danos irreversíveis para o corpo.
“Tanto por causa do Pânico quanto pelo Carnaval, sofria aquela pressão de estar com o corpo perfeito. Tinha que dançar e não ter celulite, ser durinha, perfeita... Entrei em muitas neuras. Comecei a fazer dietas absurdas, que me deixaram traumatizadas. Antes do Pânico, também fiz uso de anabolizantes porque queria o corpo dos sonhos. Carrego até hoje danos no corpo. A voz modificou, tive muita queda de cabelo, excesso de suor e espinhas. Meu joelho doía pelo excesso de carga que eu pegava”, contou ela, à revista Quem.
Atualmente, no entanto, Carol não faz nenhuma dieta especial:
“A mulher pode ter celulite e estrias, mas vai ser bonita do mesmo jeito... Esses padrões de beleza de antes caíram por terra. Tanto é que hoje não faço mais dietas, apenas costumo comer saudável. No fim de semana, me permito tomar meu vinho e comer a minha pizza porque não tenho mais essa cobrança pelo corpo perfeito”, continuou.
À publicação, Carol contou que era humilhada pela direção do programa Pânico toda semana mesmo após todo o esforço para ter o “corpo perfeito”.
“Tinha muita pressão para ter o corpo perfeito. Toda semana antes de entrar no ar, o diretor ia no camarim, apontava os nossos defeitos na frente uma da outra, dizia quem estava gorda, com celulite... Uma vez, ele me falou, na frente de fãs, que eu estava com celulite e que a minha bunda estava cheia de buraco. Já o vi humilhar meninas por ter estrias ou por estar com o cabelo feio. Tinha bastante cobrança”, relembra.
Capa da revista Playboy em 2013, Carol contou que achou o trabalho bonito e artístico, tanto que voltaria a tirar a roupa para a publicação (caso ainda estivesse em circulação):
“A Playboy fazia um trabalho artístico e bonito. Tenho na minha veia a sensualidade, apesar de tentar diminuí-la. Talvez se o cachê fosse muito bom, faria. Na época que fui capa, o cachê me ajudou a conquistar algumas coisas. Abri uma loja de roupas, que tive por um tempo, comprei um carro importado. Eu nem sabia dirigir e nunca tinha tido um carro. Foi a realização de um sonho, mas se fosse hoje, faria de forma diferente. Não aproveitei bem o dinheiro. Gastei com bobagens. Teria investido em algo para me dar uma renda fixa mais para a frente, como tenho feito hoje”, revelou.
COLUNISTAS