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Atriz mirim de Sonho Meu, Carolina Pavanelli hoje é professora: “Não sei se volto a atuar”

Novela será reexibida no canal Viva

Carolina Pavanelli como Laleska, em Sonho Meu, e em foto atual - Foto: Reprodução/ TV Globo
Carolina Pavanelli como Laleska, em Sonho Meu, e em foto atual - Foto: Reprodução/ TV Globo

Redação Publicado em 04/12/2020, às 07h38

Intérprete da pequena Laleska na novela Sonho Meu (1993), da TV Globo, que será reexibida no canal Viva, Carolina Pavanelli hoje é professora de redação e conta que não é mais reconhecida nas ruas pelo trabalho no folhetim.

Ao falar sobre o retorno da trama, a ex-atriz mirim diz que ficou sabendo ao ser marcada nas redes sociais por alguns internautas.

“Descobri porque me marcaram nas redes. Acho que vai ser um sucesso. Foi uma experiência muito bacana, não trocaria a infância que eu tive por outra. Fiz 7 anos durante a novela e me lembro bastante do convívio com as outras crianças, de ficar brincando... Também me recordo das viagens para Curitiba e do cheiro dos estúdios. Eu adorava estar ali, entendia que era um trabalho, mas, ao mesmo tempo, era uma grande brincadeira. Apesar de ter umas cenas pesadas, porque a personagem sofria bastante, eu ia gravar sempre alegre”, contou ela, à coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo.

Atualmente com 33 anos, Carolina explicou que dificilmente alguém a reconhece nas ruas: “Me reconhecem muito mais nas redes, pelo nome. Quando sai alguma notícia ou citam a novela por algum motivo, muita gente procura e me encontra. E também acontece quando me apresento em alguma palestra ou algum evento. Sempre tem alguém que se lembra do nome. Aí fica aquele burburinho. Vejo a pessoa mostrando o celular para alguém com o resultado da pesquisa. Nas ruas, é difícil. Passou muito tempo”, ponderou.

À publicação, ela revelou que é professora há 10 anos:

“Estou dentro e fora da sala de aula. Sou professora de redação um dia na semana e todo o resto do tempo atuo como diretora pedagógica de uma plataforma de ensino. Cuido da criação do currículo e de materiais, da formação de professores, entre outras coisas. Por causa disso, me convidam muito para falar de educação em eventos, ainda mais agora que estamos no meio deste debate sobre ensino híbrido, à distância etc.

Carolina disse ainda que após o sucesso da novela, encontrou dificuldades para retornar às novelas por falta de oportunidade.

“Não teve um momento em que decidi deixar de ser atriz. A vida foi acontecendo. Trabalhei na TV dos 6 aos 12. Depois fui entrando numa fase em que você não é criança nem adolescente. Então, faltam papéis. Mais velha, até fiz uma coisa ou outra, mas comecei a me interessar por cinema e roteiro. Fiz faculdade de Comunicação por isso, pensando em escrever. Nesse período, comecei a dar monitoria na escola onde estudei. Depois, fui substituindo alguns professores e pensei: ‘Epa, eu gosto de fazer isso aqui’. Algum tempo depois, recebi um convite para trabalhar como professora e aceitei. Não parei mais. Não imagino a minha vida fora da educação”, contou.

O trabalho do passado, segundo ela, rende brincadeira dos alunos:

“Eles sempre descobrem, mesmo não sendo nem nascidos na época. Sempre que pego uma turma nova, os professores falam para eles brincarem comigo. Aí, entro na sala e tocam a abertura da novela”, revelou.

“Não sei se volto a atuar”

Ao falar sobre uma possível volta às novelas, Carolina explicou que é mais fácil ela contribuir com roteiros e criação.

“As áreas de roteiro e criação ainda me atraem muito. É claro que a gente não pode dizer que nunca mais fará algo na vida. Sei lá se uma dia volto a atuar. Só que não é uma coisa que eu busco porque me sinto realizada. Mas na parte de criação, sim, vocês podem esperar me ver. Volta e meia flerto com isso, penso numa ideia para o cinema ou numa série, rabisco um pouco sem compromisso e a coisa vai ganhando forma. No momento, estou dando consultoria para um amigo produtor teatral, que está fazendo uma peça pensando em como seria se a Capitu vivesse hoje, no mundo da Covid”, completou.