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Ana Paula Padrão diz que sofre preconceito por não aparentar idade: “Como eu deveria ser?”

Jornalista citou Ivete Sangalo e falou de preconceito mascarado

Ana Paula Padrão falou sobre preconceito embutido em elogios - Foto: Reprodução/ Instagram@anapaulapadraooficial
Ana Paula Padrão falou sobre preconceito embutido em elogios - Foto: Reprodução/ Instagram@anapaulapadraooficial

Redação Publicado em 16/05/2022, às 17h10

Ana Paula Padrão, de 56 anos, contou em seu Instagram Stories que sofre preconceito por “não aparentar a idade”. 

Na rede social, a jornalista citou um comercial de Ivete Sangalo exibido pela TV Globo 一 em que o locutor diz que a cantora não aparenta que está prestes a fazer 50 anos de idade 一 e ressaltou que alguns elogios costumam “mascarar o preconceito”.

“A Ivete é maravilhosa em muitos sentidos. É uma artista potente que representa o Brasil, uma cidadã que tem uma voz poderosa. Quando você diz, ‘nossa, não aparece que ela está chegando aos 50, está partindo do princípio, que ela não deveria chegar naquela idade com aquela aparência, com aquela produção e energia”, começou ela.

Ana Paula acrescentou: “Você está dizendo que uma mulher que chega aos 50 tem que ter outro tipo de aparência, uma voz menor, tem que se recolher. E esse é o ruim da frase ‘nossa, não parece que você tem essa idade’”, continuou.

“Como eu deveria me parecer aos 56?”

Na gravação, a jornalista contou que é vítima frequente deste tipo de comentário:

“Eu tenho 56 anos de idade, como eu deveria me parecer? Eu ouço muito frequentemente a frase ‘nossa, você não parece ter 56 anos’. E eu penso: ‘como eu deveria me parecer para ter 56 anos? Que tipo de atividade eu deveria exercer para me encaixar na expectativa da pessoa que me fala isso?’”, disse.

“E não é que eu não goste de elogio, não. Elogio é uma coisa, preconceito é outra. Quando você diz: ‘nossa, você não parece ter essa idade’, isso embute um preconceito. É achar que quem passa dos 50 não pode mais parecer, belo, potente, sedutor, uma voz própria, não pode mais ser importante. Quando isso mudar na cabeça das pessoas, a maneira de elogiar também vai ser diferente”, ressaltou.