Acostumado a dar vida aos vilões das tramas de novelas da Globo, o ator Herson Capri acaba de se livrar de um mal muito maior do que os cometido por seus
Redação Publicado em 31/01/2012, às 16h35 - Atualizado às 16h57
Acostumado a dar vida aos vilões das tramas de novelas da Globo, o ator Herson Capri acaba de se livrar de um mal muito maior do que os cometido por seus personagens TV; o câncer de pulmão.
Em entrevista publicada na edição de fevereiro da revista Trip, o ator que fumou por quase 30 anos, falou sobre as mudanças que a doença provocou em sua vida.
Protagonista de uma famosa propaganda de cigarro nos anos 70, hoje ele prefere não levantar uma bandeira, e prega o repeito a individualidade;
“Acho que posso colaborar expondo minha experiência. Só não vou pegar uma bandeira, porque respeito muito a liberdade individual. Detesto ex-fumante chato. Se perguntarem o que acho, eu respondo, mas só isso.”
Sobre a propaganda de cigarros de 40 anos atrás, ele revelou que aceitou por que não tinha preocupação em ser politicamente correto;
“Li o roteiro fiquei encantado, porque era um filme completo, com início, meio e fim. E eu nunca tinha feito um filme! Achei que era minha chance. Eu fumava, não tinha nenhuma preocupação em fazer propaganda de cigarro, em ser politicamente correto.”
“O que me atraía era o ato de fumar. A fumaça é uma coisa esquisita, não é legal. Mas o gesto era transgressor, significava não ser normal, ser mais velho, imitar os galãs de cinema.”, continuou.
Sobre o câncer no pulmão, ele lembra que apareceu quando resolveu parar: “Apareceu exatamente no ano em que parei, mas só fui descobrir depois. Talvez por intuição. Acredito mais em intuição do que em premonição ou destino.”
“Fumar não é inteligente, assim como todos os vícios ligados a alguma droga. Você prejudica sua saúde, sua vida social. Produz menos, se concentra menos, enxerga menos, cheira menos, sente menos. Tudo menos. É sem sentido. É realmente feito para o lucro de uma indústria, disso não há dúvida”, finalizou.
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