Luisa Mell é acusada de distorcer história e incentivar intolerância religiosa; entenda - Foto: Reprodução/Instagram Desde a noite da última quinta-feira
Redação Publicado em 25/10/2019, às 14h52 - Atualizado às 15h07
Desde a noite da última quinta-feira (24/10), Luisa Mell tem tido seu nome envolvido em uma polêmica a respeito de uma postagem feita por ela em suas rede sociais.
A ativista publicou a imagem de um cachorro com as patas cortadas, afirmando que ele teria sido mutilado em um ritual religioso. Prints da postagem de Luisa, conhecida nacionalmente por defender a pauta de proteção aos bichos, rodou a internet e tem gerado críticas por uma suposta distorção na história contada por ela para culpar religiões por maus tratos aos animais.
Tudo começou quando Luisa acolheu, no instituto que leva seu nome, um cachorro vira-lata e publicou sua história no Facebook. “Não tenho palavras, só choro. Em nome de uma religião, de uma crença, em um ritual, esse filhotinho teve as duas patinhas de trás e as orelhas cortadas, lentamente. Conseguimos fazer seu resgate antes de seu “sacrifício final” e ele está conosco agora”, começou a ativista em seu texto.
Em seguida, ela desabafou: “Não entendo por que ele tem que pagar com seu corpo, com seu sofrimento, a crença alheia. O que ele fez a esse deus para que lhe causassem tanto sofrimento, tanta dor? Nunca, nunca vou entender. Nunca irei concordar. Minha religião sempre foi e sempre será meus atos. Ele está medicado, vai passar por cirurgia e precisaremos criar próteses para ele”, finalizou.
Em meio aos comentários lamentando o ocorrido e julgando a prática religiosa, uma internauta resolveu se manifestar, dando origem à confusão. “Ai, Luisa Mell, você é cômica e sensacionalista de quinta! Tenha respeito”, iniciou o desabafo.
“Em primeiro lugar, (o cachorro na verdade) é uma fêmea e estava em tratamento em uma clínica veterinária após ter sido atropelada. Infelizmente, teve esse trombo e perdeu as extremidades. A tutora, pobre, decidiu pedir ajuda e a funcionária da clínica levou até você”, acusou a mulher, identificada como Ana Lúcia Mendes Coelho. “Não foi um resgate seu, foi uma ajuda sua! Por isso, não acreditem em tudo”, disse.
Questionada por uma seguidora de Luisa sobre como ela saberia da história toda, Ana Lúcia foi categórica: “Oras, eu presenciei o atendimento dessa cachorrinha na clínica, inclusive essa foto é da clínica! Sou vet, e fizemos um corpo clínico para este caso”, relatou.
a luisa mell mais uma vez sendo intolerante religiosa e oportunista, acusando religiões q fazem uso de sacrifício animal de terem cortado as patas de um cachorro.
a oportunista foi desmascarada nós comentários por funcionária que atendeu o cachorro no veterinário. pic.twitter.com/qZYYpZkfFe
— zaeas (@elephantzae) October 25, 2019
O caso ganhou as redes sociais, com dezenas de pessoas acusando Luisa Mell de mentir para justificar sua intolerância religiosa. “A Luisa Mell mais uma vez sendo intolerante religiosa e oportunista, acusando religiões que fazem uso de sacrifício animal de terem cortado as patas de um cachorro”, publicou um usuário do Twitter, por exemplo.
Os comentários nas redes sociais tem se dividido, desde o começo da manhã desta sexta-feira (25/10), entre apoiadores e críticos da atitude da ativista.
“Luisa Mell é a racista disfarçada de ativista”, escreveu uma, enquanto outra defendeu: “Vai criticar a Luisa Mell lá na casa do c*****”. Outro acusou: “Essa mulher dissemina desinformação e preconceito semanalmente!”, enquanto outro fez o contraponto: “Criadores de animais tentando sujar a imagem da Luísa Mell, nada novo sob o sol, mas conte comigo pra tudo”.
Até mesmo famosos como Astrid Fontenelle resolveram se pronunciar a respeito da polêmica:
Leiam com atenção. Tudo. Reflitam. Chega de intolerância. Luisa Mell , mais uma vez, em nome da causa q abraçou, se mostra racista, intolerância com as religiões de matizes africanas e como é adulta, inteligente, já poderia ter estudado mais. https://t.co/erK4UXaoAj
— astridfontenelle (@astridfontenell) October 25, 2019
Na manhã desta sexta-feira (25/10), Luisa publicou nos Stories de seu Instagram um suposto e-mail que teria recebido com o pedido de ajuda para o animal. Nele, está escrito que a cadela teria sido levada até ela por ter sido “usada para sacrifício”, conforme mostramos abaixo. Além disso, publicou um vídeo em que explica a situação.
“Amigos, recebemos o pedido de ajuda por e-mail de uma protetora que já ajudamos outras vezes. Ela nos contou a terrível maldade que aconteceu com esta cachorra. Foi usada em ritual macabro. Nosso corpo de veterinários confirmou que NÃO poderia ser atropelamento! Que eram lesões propositais! Nós resgatamos animais atropelados toda semana, temos bastante experiência no assunto. Esta cachorra está conosco, sendo tratada! Por causa de uma pessoa que diz que está com a cachorra e que ela foi atropelada dezenas de pessoas estão tentando destruir com nosso sério e importante trabalho!”, escreveu Luisa.
Em seguida, desafiou: “Peço que esta pessoa que diz que é a vet responsável pelo caso se apresente com nome e telefone para que possamos confrontar as informações! Como podem ver a cachorra está conosco! E sim foi vitima de crueldade e NÃO de atropelamento! Aguardo o contato! Porque aqui a gente mostra e prova!”, desabafou a ativista.
Ela ainda continuou: “Porque falar qualquer coisa na internet é fácil… irresponsável e cruel. Desde o começo do ano, depois do resgate dos 1.700 dezenas de criadores e outras pessoas q tem seus negócios ameaçados pelo meu trabalho tentam me destruir… Todo dia outra mentira é lançada sobre meu trabalho… minha idoneidade! Mas a verdade sempre se impõe! Já passei tantas vezes por isso… espero que não consigam prejudicar tantos animais que salvamos graças ao apoio de todos vocês!”, encerrou. O vídeo pode ser visto abaixo.
O CENAPOP entrou em contato com Luisa Mell e com o Instituto, mas até o momento não obteve resposta.
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