Fernanda Montenegro como Mercedes, sua personagem em O Outro Lado do Paraíso – Foto: TV Globo/ Estevam Avellar Aos 88 anos, Fernanda Montenegro se despediu de
Redação Publicado em 04/05/2018, às 10h41 - Atualizado às 10h45
Aos 88 anos, Fernanda Montenegro se despediu de Mercedes, sua personagem na novela O Outro Lado do Paraíso, e contou que adorou fazer “a velhinha rezadeira”.
“Mercedes é uma personagem totalmente nova na minha vida em televisão. Adorei fazer uma velhinha rezadeira, porque eu sempre fiz as ricas das novelas das nove, as bandidas ou as senhorinhas honestas (risos). Agradeço por terem me chamado!”, disse a veterana.
À coluna TV e Lazer do jornal Extra, Fernanda falou ainda sobre fé, e revelou que ela e a personagem tem algo em comum quando se trata do assunto:
“Mercedes tem um misticismo que eu tenho também. Tive uma formação no catolicismo popular. Meu bisavô tirava mau-olhado, acalmava com reza”, lembrou.
À publicação, a atriz comemorou e chamou a atenção para a quantidade de veteranos na trama de Walcyr Carrasco:
“A novela trouxe cinco atores que estão indo de 90 para 100 anos. Tem Nathalia Timberg, Laura Cardoso, Lima Duarte, eu e Juca de Oliveira. Nós nos entrosamos muito bem. Não existe, na história, cinco atores velhos numa novela. E pelo que eu possa perceber, a gente ainda fala, anda e convence as pessoas (risos)”, disse.
Mesmo com dezenas de papeis na carreira, Fernanda Montenegro prefere não acreditar na fama. Para a atriz, quem se entrega à fama, está perdido:
“Você luta para seguir uma profissão, e isso te traz prestígio. Esse prestígio pulsa e tem solicitações de toda ordem. Você sobrevive a duras penas. Essa glória é estranha! Às vezes, as pessoas pensam que, quando você alcança um status, tudo vai ser fácil. Não é! Todo dia é um começo. O lado ruim da fama é a gente acreditar nela. Quem acredita está perdido, vira massa de manobra. Tem que estar alerta”, opinou.
Ao falar sobre tecnologia, a atriz disse que prefere a aproximação das pessoas a conversas por aplicativos. Tirar selfie também pode, mas ela prefere evitar:
“No meu celular, eu só sei ligar para algumas pessoas. Não sei usar nada, WhatsApp… Nada! Acho que daqui a pouco vou aprender. Mas ainda prefiro ler um livro. Quando tenho que decorar, pego meu papelzinho. Não sei como vai ser quando os capítulos não forem mais copiados numa folha. Te enviam por e-mail; e você, dane-se! Por outro lado, é a era da ciência e da tecnologia. Não tem volta. Onde eu vou tem gente que sabe quem eu sou. Mas nunca vivenciei uma aproximação invasora. Só uma vez, quando estava num hotel almoçando, e uma pessoa veio com uma câmera. Mas, geralmente, (a aproximação) é humanizada, e eu não fico incomodada. Vivo me exibindo há 63 anos. Recebo com muito carinho. Ninguém me chateia, não! Tem o negócio da selfie. Quando posso, tudo bem. Mas, na maioria das vezes, eu não tiro!”, completou.
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