CINEMA

Joaquin Phoenix vence BAFTA, critica própria vitória e fala sobre falta de diversidade na indústria

Joaquin Phoenix vence BAFTA, critica própria vitória e fala sobre falta de diversidade na indústria - Foto: Reprodução / Twitter Na noite de domingo (02/02),

Joaquin Phoenix vence BAFTA, critica própria vitória e fala sobre falta de diversidade na indústria - Foto: Reprodução / Twitter
Joaquin Phoenix vence BAFTA, critica própria vitória e fala sobre falta de diversidade na indústria - Foto: Reprodução / Twitter

Redação Publicado em 03/02/2020, às 12h17 - Atualizado às 12h19

Na noite de domingo (02/02), Joaquin Phoenix ganhou o BAFTA de Melhor Ator e consolidou seu favoritismo para receber o Oscar na categoria. Ele foi premiado por seu trabalho em Coringa, onde interpretou Arthur Fleck.

No entanto, o ator de 45 anos surpreendeu a Academia Britânica de Cinema em seu discurso, onde ele criticou sua própria vitória: apesar de se dizer honrado por ter vencido, declarou-se “envergonhado” que pessoas “não brancas” não disponham do “mesmo privilégio” que ele.

“Eu me sinto em conflito porque muitos dos meus colegas que merecem não tem esse mesmo privilégio”, afirmou. “Acho que passamos uma mensagem clara às pessoas não brancas que elas não são bem-vindas aqui. Acho que essa é mensagem que enviamos a pessoas que contribuíram tanto para o nosso meio e a nossa mídia de maneiras muito usufruídas por todos nós”, complementou.

Neste ano, o BAFTA foi extremamente criticado por sua falta de diversidade nas indicações; não há nenhum ator ou atriz negros nas categorias de atuação, por exemplo. Phoenix concorreu ao prêmio ao lado de Adam Driver (História de um Casamento), Taron Egerton (Rocketman), Leonardo DiCaprio (Era Uma Vez em… Hollywood) e Jonathan Pryce (Dois Papas). Todos brancos.

“Eu não acho que ninguém quer vantagens ou tratamentos preferenciais, mesmo sendo o que nós estamos nos oferecendo todos os anos. Eu acho que as pessoas querem ser reconhecidas e respeitadas por seus trabalhos. Fico envergonhado em assumir que sou parte do problema. Eu não fiz tudo o que estava ao meu alcance – nem todos os sets nos quais trabalhei foram inclusivos”, afirmou Phoenix.

Por fim, ele enfatizou: “Nós precisamos fazer o trabalho duro de compreender verdadeiramente o que é o racismo sistêmico. É obrigação das pessoas que criaram e se beneficiam desse sistema de opressão de destruí-lo. Então está por nossa conta”, finalizou.