Robert Pattinson interpreta super-herói em The Batman
Redação Publicado em 10/02/2022, às 10h46 - Atualizado às 11h02
Robert Pattinson está prestes a estrear no cinema em The Batman, no próximo mês, e refletiu sobre sua versão do herói, explicando que ele será mais "esquisito" do que "playboy".
Em uma entrevista à "GQ", o astro de 35 anos comentou sobre ter se aprofundado na psique do personagem: "Todas as outras histórias dizem que a morte dos pais de Bruce (Wayne) é o motivo pelo qual ele se torna o Batman, mas eu estava tentando compreender isso de uma maneira real, em vez de tentar racionalizá-lo. Ele criou essa construção intrincada por muitos anos, o que culminou nessa persona do Batman. Mas o que ele fez não é como uma coisa saudável. É quase como um vício em drogas", disse ele.
Em seguida, o ator relembrou a cena em que Bruce é questionado sobre o que sua família pensaria caso ele manchasse o legado deles como Batman. "Bruce responde: ‘Este é o legado da minha família. Se eu não fizer isso, então não há mais nada para mim'. Eu sempre leio isso não como 'não há mais nada' ou 'não tenho um propósito', mas sim como: 'estou deixando tudo'. E acho que isso deixa tudo muito mais triste. Tipo, é um filme triste", ponderou o ator.
Pattinson ainda contou como teve uma abordagem física para o papel. "Acho que li um livro sobre o método de atuação. A única coisa que eu realmente tirei disso foi bater em mim mesmo antes de cada cena. Esse era basicamente meu único conceito de como me preparar para uma cena". Robert também diz que estava se preparando como se estivesse entrando em uma briga antes das cenas: "E apenas gritava em um travesseiro e lutava, me socava e meio que rasgava minhas roupas e outras coisas", explica. O ator acabava, no entanto, estragando sua maquiagem entre uma cena e outra.
"Eu tinha todas essas feridas feitas com próteses, e todas elas derretiam no meu rosto. Daí eu tinha que fazer toda a minha maquiagem novamente". Outro truque que ele considerou mal-sucedido, no qual costumava usar no início de sua carreira, foi forçar sotaque americano em testes de elenco, em vez de usar o seu natural, britânico. Pattinson temia de que não fosse escalado para os papéis por não convencer os produtores. Já conhecido por estrelar em Crepúsculo, ele utilizou essa "habilidade" em audição para a sequência de Transformers:
"Eles sempre questionavam: ‘Estamos preocupados com o sotaque…’ Então eu sempre vinha como uma pessoa diferente, como um americano. Eu dizia: 'Oi, sou de Michigan'", contou Pattinson. "Mas daí fui fazer um teste para 'Transformers 2', logo depois que 'Crepúsculo' saiu, e eu cheguei como um cara de Denver. Daí eles ligaram para o meu agente e disseram: ‘O que há de errado com ele? Por que ele estava fazendo uma improvisação? Uma improvisação muito chata?'", finalizou.
Em uma outra entrevista, dessa vez para o site "Games Radar", Pattinson acabou revelando que seu agente pessoal teve um "choque" ao descobrir que ele aceitou o convite para dar vida ao herói.
"Eu estava optando por coisas bem diferentes", disse o artista na época. "É óbvio, Batman é a cereja do bolo dos papéis que você pode conseguir como ator. Mas jamais achei que estivesse perto de fazê-lo, principalmente com os outros trabalhos com os quais estava envolvido antes", revelou.
Pattinson então comentou a surpresa que seu agente teve ao saber que ele havia aceitado a proposta para interpretar Batman nas telonas. "Até mesmo o meu agente disse: 'Bem, interessante. Eu achei que você só queria interpretar umas completas bizarrices'. Eu eu disse: 'Ele é uma bizarrice!'".
Quando o astro foi anunciado como o próximo ator a interpretar o herói, ele estava fazendo uma série de filmes alternativos, tendo um alcance de público mais limitado, diferente de quando participou da saga Crepúsculo e do filme "Harry Potter e o Cálice de Fogo", de 2005.
"Batman" está previsto para ser lançado em 3 de março nos cinemas. O filme também conta com Colin Farrell, Zoe Kravitz e Paul Dano.
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