Atriz contou que era perseguida por gangue na adolescência
Redação Publicado em 08/10/2021, às 14h36
Carol Castro, de 37 anos, revelou pela primeira vez a verdadeira história da famosa tatuagem que fez na barriga 一 motivo de muita curiosidade no início de sua carreira 一 ainda na adolescência.
Até o famoso desenho tribal ficar famoso na TV e nas fotos de revistas, a atriz conta que sofreu muito bullying:
“Digo que comecei a fazer tatuagem cedo e parei cedo, porque depois dessa não fiz mais nenhuma [...] Eu tive minha infância em Natal. Depois que minha mãe se separou do meu pai, ela foi para lá para recomeçar a vida. Eu fiquei lá ao todo seis anos, mas fiquei indo e voltando para o Rio algumas vezes para morar com o meu pai”, começou ela, em bate-papo com Thais Fersoza.
“Na primeira vez, eu que pedi para ir morar com ele. Tinha toda uma questão de pensão alimentícia, de problema de grana, eu via que estava difícil para minha mãe me manter lá em Natal. E foi uma loucura por um lado. Ele tinha uma casa em Santa Teresa que tinha que subir 74 degraus. Era assim do lado da comunidade, tinha um funk louco todo final de semana e uma movimentação na rua que hoje eu acho que era uma boca de fumo. Uma outra realidade”, continuou.
Já com 12 anos, Carol contou que se mudou para Bauru com a mãe, e lá começou a andar com a “galera do skate”:
“Com dez anos tinha uma mecha loura quando não era moda, ouvia Nirvana e tinha outra cabeça. Com 11 voltei para o Rio, mas com a minha mãe. Depois vivi mais meio ano em Natal. Com 12 anos, minha mãe falou: ‘precisamos ir para Bauru, você quer ir comigo ou voltar para o Rio?’. Eu falei: ‘Acho que vou para Bauru’. Só que eu era um E.T. em Bauru. Lá, cidade do interior, se dividia entre skatistas e os peões, galera de rodeio, que escuta outro tipo de som. Acabei indo para a galera do skate, que era meio a minha tribo. E aí tinha um grupo de meninas cuja chefe era a Carol Metanol, toda tatuada. Era uma gangue que queria me bater. Sabiam onde eu morava, me ligavam, me fechavam na rua... Sofri um bullying muito louco. E aí, num ato de rebeldia, eu já estava com 14 anos, eu queria fazer um dragão, que ia das costas até a virilha. Mas eu não tinha dinheiro. Eu já vinha para o Rio trabalhar alguns finais de semana, aí juntei o dinheiro e fiz a minha tatuagem. Foi mais ou menos isso. Tem um porquê, sabe? Não foi do nada. É a primeira vez que estou abrindo esse assunto tão profundamente. Eu podia ter enveredado por um caminho muito ruim. Mesmo. Entrado para o mundo das drogas. Tinha amigos e conhecidos que cheiravam cola. Eu só quis fazer uma tatuagem. Foi a minha forma de expressar um grito de rebeldia”, explicou.
Na conversa, Carol contou que já pensou e repensou sobre apagar o desenho: “Eu já pensei, repensei... Ainda tenho esse dilema. E fico também com medo de o resultado piorar. Não que eu não goste da minha tatuagem.
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