Musa do Coritiba defende organizadas em carta escrita para Lula: "Ideia fracassada"

Aline Cabral criticou aprovação de lei sem vetos

Redação Publicado em 22/08/2023, às 10h01

Aline Cabral escreveu carta para Lula criticando nova lei - Foto: Divulgação

Musa do Coritiba e representante do clube no concurso Miss Copa do Brasil, a influenciadora Aline Cabral decidiu recorrer ao presidente Lula após o Governo Federal aprovar sem vetos dois parágrafos polêmicos do artigo 178 da Nova Lei Geral do Esporte.

O texto sancionado diz basicamente que as torcidas organizadas ficam “responsáveis por quaisquer danos causados por seus membros” no estádio ou nas imediações. Seus dirigentes devem arcar com os prejuízos e pagar pelos danos até mesmo com o próprio patrimônio se necessário.

“Não dá para criminalizar as torcidas dessa maneira… Existe violência em todos os lugares e muitas vezes as instituições não têm culpa. Vândalos vão ao estádio e também para as ruas para fazer baderna e machucar as pessoas, e isso não é exclusividade das organizadas. É uma ideia fracassada de quem não conhece como funcionam as coisas”, lamentou.



Aline defende que a penalização deve ser aplicada diretamente às pessoas que cometem os delitos, e não às torcidas organizadas e seus responsáveis de uma maneira geral.

“Para mim é uma forma de restringir as torcidas organizadas por não saber como lidar com o problema da violência. Tem gente que vai para o jogo pensando em fazer maldade e essa pessoa ou grupo de pessoas pode nem ter ligação com a organizada. Sou totalmente contra”, ressaltou.

A Miss do Coritiba chamou a atenção para a questão social que envolve as torcidas organizadas. Segundo ela, as entidades têm um papel importante para as comunidades porque “abraçam as minorias e os necessitados”. 

“São entidades que geram empregos, dão oportunidades para as pessoas mais carentes e ajudam promovendo ações solidárias e sociais. Além disso as organizadas abraçam as minorias, os torcedores comuns não estão nem aí. A violência não faz parte das organizadas, ela acontece de forma pontual e a lei deve penalizar quem cometeu o ato, e não a torcida inteira”, completou.

Para ela, ser Miss e Musa de um time de futebol vai além da beleza e fazer fama por aí como maria-chuteira. “Precisa se envolver em tudo, defender jogadores e a torcida, promover ações sociais etc. É isso que estou fazendo. Não quero só ser vista como uma gostosa ou coisa do tipo”, defendeu.


Aline Cabral Musa do Coritiba

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