Big Brother Brasil: participantes encaram pós-reality sofrível

Eduardo Graboski Publicado em 07/08/2024, às 07h10

Brothers aparecem pouco na mídia e não atraem marcas para publicidades - Foto: Divulgação

O BBB sempre foi um divisor de águas na vida dos aspirantes à fama. É fato que o reality tem um alcance enorme, transforma a realidade de muitos e gera um turbilhão de novas oportunidades, principalmente quando o programa acaba.

Mas, o que se viu depois da edição 24 não foi bem assim. É uma situação sofrível. Afinal, porque os participantes encaram um pós-confinamento tão fraco?

Algo “misterioso” aconteceu. Não se vê mais polêmicas e novidades dos brothers por aí. Todos estão bem apagados, para não dizer esquecidos. Davi Brito, o campeão, ainda ganhou uma rejeição generalizada. Os demais seguem na luta, colhendo poucos frutos do reality.



Mas, talvez não tenha tanto mistério assim. Explico.

Pela primeira vez na história do BBB, a Globo centralizou os contratos de todos os participantes pós-reality. Ou seja, qualquer marca, empresa ou pessoa interessada em contratar os brothers deve negociar diretamente com a emissora. E isso parece que impactou negativamente.

Legenda 2: Campeão da última edição, Davi Brito amarga uma rejeição generalizada - Foto: Divulgação

 

Ao que tudo indica, a nova estratégia criou uma barreira, deixando o caminho aberto apenas às super marcas, dispostas a investir muito dinheiro. Com isso, os brothers aparecem menos, fazem poucos eventos – ou nenhum – e menos campanhas publicitárias.

A Globo imaginou que recolheria um bom percentual em cima dos brothers. E aumentaria seus lucros. Nada mal, né? Mas isso de fato não aconteceu. Portanto, a emissora deve repensar essa estratégia tão logo. Não colou!

A verdade é que se os brothers não estão em movimento. Deixaram de causar na mídia e não estão fechando novos trabalhos. Com isso, o reality perde repercussão. E deixa de ser visto como um divisor de águas. Já não é percebido como um programa que leva as pessoas à ‘fama instantânea’.

Verdade seja dita: quando os brothers tinham liberdade para contratar agências, assessores, empresários e afins, de forma independente, conseguiam se manter em movimento, ainda que em eventos, campanhas e publis menores. Não havia barreiras. Era mais fácil negociar.

A Globo causa um certo receio principalmente em marcas e empresas de pequeno e médio porte. Imagine então uma pessoa comum, que quer contratar uma presença VIP de algum brother por aí. Provavelmente vai desistir ao saber que deve tratar com a emissora.

Afinal, qualquer mortal já imagina valores exorbitantes quando se envolve a Rede Globo. Fora a burocracia envolvida. Não à toa, o canal é um verdadeiro império e costuma lidar com milhões de reais.

Agora é torcer para que a emissora volte atrás nos contratos do próximo BBB. Caso contrário, o reality corre o risco de se tornar mais um programinha da TV. E o público pode ficar cada vez menos interessado em se inscrever no programa.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do CENAPOP.

Eduardo Graboski BBB 24

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