Anunciada como "edição história" pela TV Globo, a 20ª edição do Big Brother Brasil já pode ser considerada – não que isso seja lá uma boa coisa – a mais polêmica de todas...
Redação Publicado em 28/01/2020, às 21h09 - Atualizado em 29/01/2020, às 11h38
Anunciada como “edição história” pela TV Globo, a 20ª edição do Big Brother Brasil já pode ser considerada – não que isso seja lá uma boa coisa – a mais polêmica de todas.
Em apenas sete dias, a atração virou assunto nas redes sociais por declarações de seus participantes consideradas inapropriadas pelo público, incluindo casos de machismo, xenofobia, uma acusação de assédio e até uma conversa sobre zoofilia que ainda está dando pano para a manga.
Como não poderia deixar de ser, essas declarações dos confinados repercutiram negativamente junto ao público, que já se organizou para formar torcida a fim de eliminar alguns dos brothers responsáveis por essas falas desastrosas.
Lucas Chumbo deu uma declaração para lá de polêmica durante o confinamento. O surfista disse que o sotaque nordestino de mulher é cansativo, afirmando que “o mais aceitável” é o sotaque baiano. Ele completou a fala dizendo que os sotaques do povo “pra cima” da Bahia, em sua opinião, “não dá”.
A reação no Twitter foi a pior possível. Em paredão com Boca Rosa, ele acabou levando a pior e foi eliminado, na última terça-feira (28/01), com 75,54% dos votos de reprovação.
E Lucas Chumbo protagoniza a primeira inserção de xenofobia do #BBB20#RedeBBB
— LH Almeida – MHBr (@LH_Almeida) January 23, 2020
Foram vários exemplos de machismo escancarado no BBB 20 até agora vindo dos homens. O exemplo que mais chocou (se é que dá para elencar) e tomou conta das redes sociais nos últimos dias foi protagonizado pelo ginasta Petrix Barbosa. Em uma conversa dentro da casa, ele soltou:
“Acertaram muito bem nas minas do seu grupo (do Pipoca, formado por anônimos). Gente boa, elas são divertidas, loucas, retardadas, mas a qualidade podia ter sido um pouquinho melhor. Não veio uma novinha”, falou o rapaz. A fala repercutiu muito mais junto ao público, que não gostou da objetificação que o atleta fez das mulheres.
Um dos revoltados foi Felipe Neto, que fez questão de tratar o assunto em seu Twitter:
Onde será q o BBB foi pra achar esse grupo de macho lixo? Podem ficar na banheira pra sempre q não vai limpar nada ali.pic.twitter.com/o4uqBEFEY0
— Felipe Neto (@felipeneto) January 27, 2020
Petrix também demonstrou não ter filtros no que diz respeito à relação com as mulheres. Durante a primeira festa organizada pelo programa, ele foi acusado de chacoalhar e tocar, de forma bem inadequada, os seios de Bianca Andrade, conhecida como Boca Rosa.
Após o clamor das redes sociais, Tiago Leifert e a produção do programa analisaram as imagens da festa e chegaram a conclusão de que não houve assédio. O público, no entanto, discordou e até hoje mantém uma campanha pela expulsão do ginasta. Perguntada se sentiu-se violada, Bianca afirmou que não.
Como era o Líder da semana, Petrix tinha o direito de indicar uma pessoa ao paredão, o primeiro dessa edição. A escolha caiu justamente em Bianca, o que levantou a hipótese de revide.
#PETRIXEXPULSO Petrix foi assediado e nem assim aprendeu a dor do assédio…
Mexer nos seios da mina claramente bêbada é assédio sim! pic.twitter.com/j4bKYUZlOf— 𝑨𝒏𝒂 ♡ (@najuliadecassia) January 25, 2020
No começo da semana, uma polêmica sobre zoofilia permeou as conversas sobre o BBB nas redes sociais. O tema foi protagonizado por Felipe e Mari Gonzalez.
“Os peões da obra falaram que no nordeste mandavam bala. Meu funcionário diz que chega na obra e fala ‘quem nunca deu um talento na cabrinha’, os caras dizem que a cabra até grita o nome”, disse Felipe. Mari perguntou se esses homens usavam preservativo para cometer o ato. Felipe respondeu que não.
Então a sister respondeu, normalizando: “Tem gente que fica excitada mesmo. É anormal para nós, mas é normal para a pessoa e tudo bem também se a pessoa quer comer (no sentido sexual) um animal”.
A polêmica atingiu proporções gigantes e os dois foram chamados ao confessionário para se explicar. Um delegado disse que acionará o Ministério Público para apurar se houve apologia à zoofilia e Luisa Mell, protetora dos animais, também repudiou a conversa.
COLUNISTAS
Eduardo Graboski
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