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Mauro Sousa, filho de Maurício de Sousa, fala sobre ataques homofóbicos e desabafa: “Falam que preciso apanhar de arame farpado”

Filho de Maurício de Sousa e diretor dos espetáculos, eventos e parques da Turma da Mônica, Mauro Sousa fez um desabafo tocante em sua página no Instagram...

Mauro Sousa contou que é constantemente atacado na web - Foto: Reprodução/ Instagram
Mauro Sousa contou que é constantemente atacado na web - Foto: Reprodução/ Instagram

Redação Publicado em 16/10/2019, às 22h18 - Atualizado às 22h27

Filho de Maurício de Sousa e diretor dos espetáculos, eventos e parques da Turma da Mônica, Mauro Sousa fez um desabafo tocante em sua página no Instagram.

Na rede social, ele contou que é vítima constante de “ataques homofóbicos” e que as mensagens “machucam” porque são endereçadas diretamente a ele:

“Este texto pode parecer sobre mim, mas não é. O caso é comigo, mas o foco não sou eu. Este texto é, principalmente, um pedido de ajuda (ou um grito de socorro) e ele não vem à toa. A vontade de escrevê-lo apareceu por conta das dezenas de mensagens homofóbicas que recebo todos os dias por eu abordar o assunto LGBT, seja na minha vida pessoal ou no trabalho. E elas são muitas. Muitas mesmo”, começou.

Em seguida, Mauro falou um pouco mais sobre os ataques e contou que fica “perplexo com a barbárie”:

Mauro Sousa e o namorado, o Gerente de Produção Rafael Piccin – Foto: Reprodução/ Instagram

E não há pior, todos são intencionalmente cruéis – essa normalização da hostilidade me assusta demais. E como são escritos diretamente para mim, querendo o meu mal, eu minto se disser que não me machuco sozinho. Meu primeiro impulso é recuar e apenas observar a barbárie acontecendo enquanto fico ali, perplexo, no meu ‘ensaio sobre a cegueira’”, revelou.

No desabafo, ele contou que “se sente acolhido” por seus seguidores e pediu a todos que olhassem por outros LGBTs que sofrem calados:

“Mas eu tenho um escape, eu tenho o meu truque: eu posso escrever. Não que a intenção seja transformar minha rede social em um diário aberto ou um muro de lamentações (muito pelo contrário), mas é aqui que vou ser lido e acolhido por vocês, meus seguidores. Mesmo que virtualmente, vocês me reconfortam. E isso é bom. Mas como eu disse, este texto não é sobre mim. Este texto é sobre os milhares de LGBTs por aí que não podem escrever, que sofrem calados, que morrem espancados na sarjeta como se fossem ratos. Se eu, com todo o suporte que tenho, sou atacado e ainda me abalo, imaginem a grande maioria desamparada que não têm ninguém?”, questionou.

“Então, seguidores, o meu pedido é que, da mesma forma que vocês me ajudam, também se atentem às pessoas ao redor. Em especial, aos LGBTs ao seu redor. Sejam adultos ou crianças, eles podem estar precisando de um ombro amigo. E todos nós, mais do que nunca, estamos precisando nos dar as mãos e não soltar mais. Na ilustração da minha irmã, Marina Takeda, estamos eu, ela e meu irmão Maurício Sousa, abraçados, protegidos, fortalecidos, como sempre estivemos e como todos devemos estar #maisamor”, completou.

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Este texto pode parecer sobre mim, mas não é. O caso é comigo, mas o foco não sou eu. Este texto é, principalmente, um pedido de ajuda (ou um grito de socorro) e ele não vem à toa. A vontade de escreve-lo apareceu por conta das dezenas de mensagens homofóbicas que recebo todos os dias por eu abordar o assunto LGBT, seja na minha vida pessoal ou no trabalho. E elas são muitas. Muitas mesmo. Há os preconceituosos indiretos, que se disfarçam de bem-intencionados com o discurso do ”É inadequado” ou do “Não é natural”, e há os bem diretos, desejando que eu “apanhe de arame farpado”. E não há pior, todos são intencionalmente cruéis – essa normalização da hostilidade me assusta demais. E como são escritos diretamente pra mim, querendo o meu mal, eu minto se disser que não me machuco sozinho. Meu primeiro impulso é recuar e apenas observar a barbárie acontecendo enquanto fico ali, perplexo, no meu “ensaio sobre a cegueira”. Mas eu tenho um escape, eu tenho o meu truque: eu posso escrever. Não que a intenção seja transformar minha rede social em um diário aberto ou um muro de lamentações (muito pelo contrário), mas é aqui que vou ser lido e acolhido por vocês, meus seguidores. Mesmo que virtualmente, vocês me reconfortam. E isso é bom. Mas como eu disse, este texto não é sobre mim. Este texto é sobre os milhares de LGBTs por aí que não podem escrever, que sofrem calados, que morrem espancados na sarjeta como se fossem ratos. Se eu, com todo o suporte que tenho, sou atacado e ainda me abalo, imaginem a grande maioria desamparada que não têm ninguém? Então, seguidores, o meu pedido é que, da mesma forma que vocês me ajudam, também se atentem às pessoas ao redor. Em especial, aos LGBTs ao seu redor. Sejam adultos ou crianças, eles podem estar precisando de um ombro amigo. E todos nós, mais do que nunca, estamos precisando nos dar as mãos e não soltar mais. ✏️: na ilustração da minha irmã @marinatakeda , estamos eu, ela e meu irmão @maurisousa_ , abraçados, protegidos, fortalecidos, como sempre estivemos e como todos devemos estar. #maisamor

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