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Marcão do Povo polemiza ao sugerir "campo de concentração" para vítimas do coronavírus

Apresentador fez a declaração ao vivo na manhã desta quarta-feira (08/04)

Marcão do Povo sugere "campo de concentração" para infectados pelo novo coronavírus - Reprodução/SBT
Marcão do Povo sugere "campo de concentração" para infectados pelo novo coronavírus - Reprodução/SBT

Redação Publicado em 08/04/2020, às 09h47

A esmagadora maioria dos países do planeta tem seguido a recomendação de especialistas e da Organização Mundial de Saúde para fazer o enfrentamento do novo coronavírus, pandemia que tem se espalhado rapidamente pelos quatro cantos do mundo.

No Brasil, governadores tem decretado quarentena para evitar aglomerações, além das medidas de auxílio à população que, sem poder sair de casa, precisa sobreviver. O governo federal pensa diferente, como o presidente Jair Bolsonaro já deixou claro diversas vezes em discursos e atitudes.

Mesmo com todas as prevenções, o Brasil atingiu um número expressivo de infectados: 14 mil. Além disso, quase 700 mortos até o momento da publicação desta matéria.

Na televisão, há quem concorde com os posicionamentos do presidente. Marcão do Povo, atual apresentador do jornal Primeiro Impacto, é um deles. Na manhã desta quarta-feira (09/04), ele deu declarações polêmicas e deu uma sugestão, no mínimo, de mau gosto para fazer com que a população, mesmo com todos os riscos, volte a trabalhar.

Na visão de Marcão, o governo federal deveria utilizar "campos de concentração" para isolar as pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus. O trecho do jornal em que ele falou sobre o assunto repercutiu negativamente nas redes sociais.

“Não seria interessante pegar, por exemplo, montar um campo de concentração, com equipamentos sofisticados, com os melhores profissionais e colocar essas pessoas com problemas e sintomas… E acaba também de ter que espalhar dinheiro pros estados. Esse negócio de vários governadores que nem sequer um caso foi comprovado e o estado decretou calamidade. O estado tem necessidade de decretar calamidade? Não tem!”, reclamou o âncora em rede nacional.

Em seguida, fez questão de apoiar o atual ocupante da cadeira presidencial. 

“O senhor (Bolsonaro) é o presidente da República, dá um decreto, põe o exército nas ruas, e aí o governador que descumprir… cana. Monta um campo, um local adequado e trata as pessoas lá. Os comércios abre e funcionam tudo normalmente, para não ter esse negócio de espalhar dinheiro e todo mundo estar vivendo desse jeito”, disse Marcão.

Por fim, ele reafirmou a ideia. “É uma ideia que eu tô dando, a população pode concordar ou não concordar, o Presidente pode acatar ou não acatar. Eu acho que vai voltar a tudo ao normal, ‘vamo’ voltar todo mundo a trabalhar, a vida vai seguir. É uma ideia, fica a dica!”, finalizou.