Vitor Lucas interpretou o filho bonzinho de Dagmar (Cris Vianna) no folhetim de Aguinaldo Silva
Redação Publicado em 26/03/2020, às 09h23
Intérprete de Leonardo – o filho bonzinho de Dagmar (Cris Vianna) – em Fina Estampa (2011), Vitor Lucas teve que mudar de ramo após o término da novela e “se virar nos 30” para sustentar a família.
Casado e à espera do 3º filho, Vitor dava expediente como churrasqueiro em uma barraquinha na frente de um restaurante no centro de Caxias, no Rio de Janeiro. Antes disso, ele também trabalhou como cozinheiro, pizzaiolo, forneiro e garçom.
Ao falar sobre o currículo diversificado, ele contou que a profissão de ator “é muito instável”, e que a vida apenas continuou após o termino de seu contrato com a emissora.
“Trabalhava das 8h às 21h, era muito cansativo. Mas é legal poder conseguir ter essa versatilidade e aprender outras profissões. O trabalho de ator é muito instável e incerto. A gente precisa ter um plano B, uma segurança, e está preparado para tudo. O que não pode é parar, desistir. Todo o trabalho é digno. Não é porque eu fiz novela das 8, fui a ator global e tal. Acabou o contrato, a vida continua, hora de aprender outra coisa”, disse ele, ao jornal Extra.
Longe da TV há quase 10 anos, Vitor revelou à publicação que ficou temeroso sobre seu futuro após não renovar contrato com a TV Globo.
“Para mim, foi uma superação muito grande [trabalhar em outras profissões]. A gente vê casos de atores que saíram de novelas e entraram em depressão. Houve uma época, depois que a novela acabou, que eu passei por muita dificuldade porque eu não tinha coragem de arrumar um trabalho. Não tinha coragem de trabalhar com nada que tivesse relação com o público e que as pessoas me vissem, me reconhecesse e falasse: ‘Pô, o cara da novela está agora trabalhando como churrasqueiro...’. Houve, sim, da minha parte uma preocupação com relação a isso. Só que depois de um tempo, eu pensei que isso era uma bobeira minha, que eu tinha que usar isso a meu favor. Quanto mais as pessoas me reconhecerem, melhor para mim: ou eu vou vender mais, ou vou atender mais e servir de inspiração para alguns”, continuou.
Com o tempo, Vitor adquiriu experiência e abriu uma produtora de conteúdo audiovisual. É de lá que ele tira o sustento da família hoje:
“Sempre quis ter meu próprio negócio e abrir outros, e hoje, graças a Deus, consigo tirar o meu sustento e da minha família desse trabalho”, festejou.
Incentivado pela mãe a trabalhar na TV, Vitor começou a fazer comerciais aos 9 anos. Ao lembrar, ele conta que achou que “ficaria rico” por estar na telinha.
“Antes, eu achava que ao entrar na TV, eu ia ser rico (risos). Hoje, meu sonho é comprar um lugar nosso, montar um negócio e garantir uma vida confortável para a minha família. Hoje eu trabalho por trás das câe meras e sou feliz. Se pintar uma oportunidade de voltar à TV, ótimo”, completou.
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