À Queima Roupa, filme que conta com Anthony Mackie e Marcia Gay Harden no elenco, é um ótimo exemplar de um gênero conhecido como "buddy movie".
Redação Publicado em 13/07/2019, às 15h14 - Atualizado em 14/07/2019, às 22h00
O filme À Queima Roupa é a grande estrela das estreias da Netflix nesta semana. O longa, que conta com Anthony Mackie e Marcia Gay Harden no elenco, é um ótimo exemplar de um gênero que passou um bom tempo hibernando depois de seu auge, nos anos 80: o “buddy movie”.
Esse tipo de filme conta a história de dois parceiros improváveis, que acabam se tornando amigos para conseguir chegar a um objetivo em comum. No caso deste filme, um enfermeiro com a esposa grávida é contatado por uma gangue de criminosos para resgatar um parceiro deles que está internado, ferido, no hospital onde ele trabalha. Ao cumprir essa missão, o enfermeiro acaba descobrindo uma trama de corrupção e mortes dentro da polícia local, que rapta a sua esposa e quer o bandido em troca. Os dois se aliam para impedir uma tragédia.
O CENAPOP já viu o filme e dá 3 motivos para que você não deixe de assisti-lo. Antes, caso queira ver a crítica do filme, veja o vídeo abaixo:
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Anthony Mackie é conhecido do público por trabalhar como Falcão nos filmes do Universo Marvel. Ele é um ator bem carismático e talentoso, que sempre engrandece os trabalhos do qual participa, mesmo que eles não sejam um primor – como no caso de IO: O Último na Terra, outro filme que fez para a Netflix.
Em À Queima Roupa, porém, ele entrega uma atuação muito digna e que desperta identificação imediata com o público. Fora que a sua parceria com Frank Grillo, que interpreta o bandido que ele precisa salvar no hospital, é ao mesmo tempo hilária e enérgica. Os dois fazem uma boa dupla, e transformam um filme que poderia ser apenas mediano em algo bem melhor.
Fora que o elenco também traz a vencedora do Oscar Marcia Gay Harden, que andou meio sumida das telas, em uma participação em que exibe seu potencial artístico gigantesco como uma das policiais que fazem parte do esquema corrupto e estão à caça do bandido interpretado por Grillo.
À Queima Roupa é um filme de ação, e nesse gênero há sempre o risco de cair em repetições, já que não há mais como inovar nesse tipo de trabalho. Neste caso, os produtores fazem o arroz com feijão, mas bem temperado – o que faz com que realmente valha a pena assistir.
O filme resgata os termos dos melhores “buddy movies” dos anos 80, como Máquina Mortífera, por exemplo. É um exemplar bem acabado de união com ação e uma comédia cínica, sarcástica, que funciona muito bem quando se tem atores que sabem trabalhar em dupla e uma direção que acerta o tom na ação, sem exageros.
À Queima Roupa é uma diversão para quem quer um filme bom para passar o tempo. Não é um trabalho que se leva a sério demais, não foi feito para disputar prêmios. É uma diversão pura e simples, na melhor definição do termo. É o tipo de coisa que a gente assiste quando se está procurando algo para passar o tempo, mas que não faça com que nós, enquanto espectadores, percamos a paciência com uma trama ruim.
O filme é relativamente curto, e acerta em não perder muito tempo com explicações. A ação é quase ininterrupta, e a interação entre os personagens principais garante a diversão. Por isso, À Queima Roupa é uma ótima opção para quem quer um filme que seja divertido, bem feito e que possa fazer com que o tempo investido seja muito bem gasto.
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