Vocalista disse que os policiais o liberaram por serem fãs de seu trabalho à frente da banda
Redação Publicado em 26/09/2020, às 17h17
Rob Halford, líder da banda Judas Priest -- uma das mais prestigiadas do heavy metal -- deu uma entrevista para o site NME onde falou sobre o dia em que foi flagrado fazendo sexo em um banheiro público e chegou a ser preso, mas foi liberado por policiais que se disseram fãs de seu trabalho musical.
O vocalista revelou o assunto em sua nova biografia, Confessions. Nela, ele conta que o caso aconteceu há alguns anos em Venice Beach, Califórnia. Rob, que é homossexual assumido, disse ter sido abordado por policiais que evitaram que o caso ganhasse repercussão na imprensa.
"A polícia me fez um favor em manter isso longe da impensa porque isso teria sido grande. Eu sempre me refiro a isso como meu momento George Michael", brincou ele, fazendo referência ao caso do cantor britânico que foi flagrado na mesma situação em 1998, mas que teve o assunto repercutido amplamente na mídia da época.
Ainda segundo Rob, ele teve a sorte de não ter o caso divulgado porque isso afetaria a forma como as pessoas enxergam a comunidade homossexual.
"O triste é que isso faz com que as pessoas que não entendem a comunidade gay simplesmente pensem: 'Obviamente, eles são apenas um bando de pervertidos'. E isso é horrível", destacou.
Por fim, imaginou a reação do público que acompanha seu trabalho à frente do Judas Priest se o caso tivesse chegado à imprensa. “Eu gostaria de pensar que, na maior parte do tempo, se esse incidente tivesse chegado à imprensa, uma grande proporção dos meus fãs teria dito: 'Vamos apoiar você e ficar com você'", relatou.
"Alguns anos depois, quando eu saí do armário na MTV (em entrevista dada em 1998), isso foi um fato comprovado porque o feedback de todo o mundo foi positivo - eles só queriam que eu continuasse sendo o cantor do Judas Priest e continuasse com o trabalho", finalizou o músico.