Em março de 1956, a RCA contratou o fotógrafo freelance Alfred Wertheimer, com 26 anos na época, para fazer algumas fotos de Elvis Presley. Os retratos feitos
Redação Publicado em 07/08/2013, às 16h25 - Atualizado às 16h28
Em março de 1956, a RCA contratou o fotógrafo freelance Alfred Wertheimer, com 26 anos na época, para fazer algumas fotos de Elvis Presley.
Os retratos feitos pelo rapaz se tornaram os mais icônicos do Rei do Rock — foram mais de 3800 registros. Um deles mostra o astro beijando uma loira misteriosa, na escadaria de acesso ao backstage do Mosque Theatre, em Richmond, Virgínia.
“Lá estava eu com alguém que eu não sabia que seria famoso”, relembra Wertheimer. “Mas eu sabia duas coisas: sabia que ele não era nada tímido — quer dizer, não era nada introvertido em frente às câmeras — e fazia as mulheres chorar”, completou.
Wertheimer relembrou seu encontro com o cantor. Aconteceu em no estúdio TV Studio 50 , em Manhattan. Elvis estava esperando para fazer uma participação no Stage Show, apresentado pelo líder da banda Dorsey Brothers.
Wertheimer foi levado até uma salinha nos bastidores e apresentado a um jovem artista que havia viajado de Memphis para Nova York só para se apresentar no programa.
“Ele me cumprimentou com um ‘OK’ sem ao menos olhar”, disse Wertheimer. “Ele estava sentado, com os pés em cima da mesa, com as meias Argyle à mostra, olhando para os dedos da mão, enquanto um homem de meia-idade conversava com ele, meio sem jeito”, continuou.
“Depois de algum tempo, percebi pelos trejeitos dos dois que o homem era um vendedor, e estava apenas entregando um anel que havia sido encomendado por Elvis. Esta é a memória mais forte que tenho daquele momento; percebi que, tirando o anel, nada do que estava em volta importava para Elvis. Ele tinha uma incrível habilidade — algo como uma benção — de se entregar àquilo que estava interessado sem ligar para o que estava em volta. Por isso ele era tão incrível de se fotografar”, completou.
Anos depois, a loira reapareceu e se apresentou como Barbara Gray. Durante uma conversa com Wertheimer, ela revelou detalhes de um bate-papo que teve com Elvis:
Elvis: “Você gostaria de beber alguma coisa, uma cerveja, talvez?”
Barbara (confusa, já que estavam em uma cafeteria): “Não.”
Elvis: “Isso é bom, porque eu não gosto que minha mulher beba.”
Barbara: “Eu não sou sua mulher”
Elvis: “Você fuma?”
Barbara: “Não.” (Ela mentiu.)
Elvis: “Ótimo. Eu também não gosto de ver minha mulher fumando.”
Barbara: “Eu já disse que não sou sua mulher… Se eu quiser fumar ou tomar uma cerveja, vou fumar e beber.”
Ela marcou justamente por ser uma mulher diferente das outras. Geralmente, as mulheres não resistiam aos olhos, os lábios, os cabelos, e ao requebrado de Elvis.
A matéria na íntegra está disponível (em inglês) no site da GQ.
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